Em cartaz em SP com ‘Mestiço Florilégio’, Antonio Nóbrega celebra influências africanas, indígenas e ibéricas na cultura popular do Brasil

O espetáculo Mestiço Florilégio, de Antônio Nóbrega e Rosane Almeida, está em cartaz em São Paulo neste fim de semana (2 a 4). Em entrevista ao Conexão BdF, programa da Rádio Brasil de Fato, Nóbrega destacou as influências culturais que formaram a peça.

“O nosso trabalho é sobretudo mestiço em relação às contribuições culturais. Ele tem referências no mundo da cultura africana, da cultura indígena e da cultura ibérico-popular”, enumera.

Se a palavra “mestiço” no título do espetáculo é fácil de entender – além de estar presente em toda a obra dos artistas –, a palavra “florilégio” tem que ser mais bem explicada. Soa como flor, mas significa “coletânea”.

“Esse espetáculo foi criado para apresentações em Portugal e pensava eu que esse nome florilégio era comum, era de uso assim trivial em Portugal, pelo fato dos poetas românticos, terem usado muito essa palavra”, explica. A expectativa, no entanto, não se confirmou. “Mas qual nada, rapaz. Quando eu cheguei em Portugal e fui apresentar, as pessoas me perguntavam ‘mas o que o que quer dizer florilégio’? Eu vi então que essa palavra tinha desaparecido”, conta.

Nóbrega se considera mais um estudioso e entusiasta da cultura do que propriamente um artista popular. “Não sou um artista popular no sentido de ter sido em algum momento da minha vida um integrante de um Bumba Meu Boi, de um reizado, de uma folguedice, de uma Congada”, afirma. “Na verdade, o meu interesse continua sendo em relação às formas simbólicas que estão presentes nessas manifestações.”

O espetáculo Mestiço Florilégio está em cartaz nesta sexta (2) e sábado (3) às 21h e neste domingo (4) às 19h, no Teatro Arthur Azevedo
Avenida Paes de Barros, 955, Mooca. Os ingressos podem ser adquiridos neste link.

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