Higienização correta das mãos é a principal forma para prevenção de doenças

Mãos
Foto: Dekazigzag/Freepik

Lavar as mãos pode parecer um gesto rotineiro, mas é uma das formas mais eficazes de evitar a propagação de doenças. Embora simples, a prática correta da higienização é frequentemente negligenciada no dia a dia, o que abre caminho para a transmissão de vírus, bactérias e outros microrganismos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), higienizar as mãos reduz em até 40% o risco de contrair doenças como gripes e resfriados. Não só isso, a ação também pode ajudar a reduzir a incidência de doenças gastrointestinais em 50%.

O Farmacêutico Bioquímico e Diretor Técnico do Ihef Laboratório, Marcus Machado (CRF-BA 2464), destaca que manter as mãos limpas reduz significativamente o risco de infecções respiratórias e intoxicações alimentares. Em ambientes hospitalares, esse cuidado se torna ainda mais crítico, já que pacientes com imunidade comprometida estão mais vulneráveis.

“Ao longo do dia, nossas mãos entram em contato com inúmeras superfícies: alimentos, dinheiro, maçanetas, e até outras pessoas. Isso faz com que sejam um dos principais vetores de micro-organismos”, explica. O especialista reforça ainda que embora muitos desses microrganismos sejam inofensivos, alguns são nocivos e podem causar doenças sérias, principalmente em pessoas com o sistema imunológico comprometido.

Entre os principais microrganismos transmitidos por mãos contaminadas estão bactérias causadoras de conjuntivite, infecções respiratórias, infecção urinária e infecção abdominal, além de vírus como o da hepatite A e o causador da gripe. Fungos também podem ser disseminados através do toque.

Como higienizar as mãos corretamente

A forma correta de higienizar as mãos inclui o uso de água e sabão, com fricção de todas as partes das mãos — palmas, dorso, entre os dedos, polegares e embaixo das unhas — por pelo menos 40 a 60 segundos. Quando não houver sujeira visível, o álcool em gel a 70% é uma alternativa eficaz, especialmente em ambientes onde o acesso a água e sabão é limitado.

A recomendação para o cuidado é redobrada em situações do cotidiano como antes de realizar refeições, após usar o banheiro, após tossir ou espirrar, e sempre que manipular ou tocar superfícies públicas. No caso de profissionais da saúde, existem cinco momentos obrigatórios: antes de tocar no paciente, antes de procedimentos assépticos, após exposição a fluidos corporais, após tocar no paciente e após contato com superfícies próximas ao paciente.

A higienização em ambientes de saúde

Nos hospitais, a falta de higienização das mãos pode ser fatal. Segundo dados da Anvisa, as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Iras) são uma das principais causas de mortalidade hospitalar evitável. “O ambiente hospitalar já é propício a infecções, e a negligência com a lavagem das mãos torna esses riscos ainda maiores”, alerta o diretor técnico do Ihef.

Protocolos rigorosos de higienização também são seguidos em laboratórios e farmácias, justamente para evitar qualquer tipo de contaminação cruzada, protegendo pacientes e profissionais.

Marcus Machado avalia que a pandemia de Covid-19 foi essencial para reforçar a importância do hábito na vida das pessoas. “A pandemia nos fez compreender o impacto dos microrganismos na nossa saúde e a importância de medidas preventivas. Foi um despertar coletivo, especialmente no cuidado com crianças, idosos e pessoas imunossuprimidas.”

Incorporar a higienização correta das mãos à rotina diária é uma atitude simples, de baixo custo, mas com potencial enorme de impacto positivo na saúde coletiva.

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