
Um lixão tem tirado a paz dos moradores do Condomínio São Vicente, que fica próximo as ruas Rio Vermelho e Miami, no bairro Santa Mônica, em Feira de Santana. Em entrevista ao Portal Acorda Cidade, o advogado Paulo Toledo, que precisa trafegar pela região, falou sobre a insalubridade do local que convive com todo tipo de lixo e de animais, inclusive, aqueles prejudiciais à saúde como ratos e pombos.
De acordo com Paulo, no local, há cerca de quatro anos, havia uma fábrica de tijolos que causava a poluição de pó de cimento. Com a manifestação dos moradores, o estabelecimento foi fechado e permaneceu o terreno baldio, desta vez, trazendo outros transtornos ao dia a dia dos moradores.

“Ficou uma concentração de lixo, um segundo lixão a céu aberto na cidade. Aqui, diariamente, vem carroças e caminhões trazendo bagaço de coco, entulhos, restos de construção, móveis velhos, animais mortos e com isso vai juntando a concentração de pombos e ratos na região todinha. Estamos aqui vivendo uma infestação de pombos e ratos.”

Outros problemas relatados foram o mau cheiro que o lixão traz para a região e a concentração de água, principalmente neste período de chuvas na cidade, que pode acarretar doenças como Zika e dengue.

O advogado ainda informou que já entrou em contato com a Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), chegando até a entregar um ofício solicitando soluções, mas até o momento não teve retorno.
“Queremos que o município localize o proprietário desse terreno baldio e obrigue a retirar esse entulho, limpar o terreno e murar.”

Em Feira de Santana, a Lei nº 3.245/2011, dispõe sobre a construção e conservação de muros, passeios e limpeza de terrenos na zona urbana pelos proprietários dos imóveis, edificados ou não. No documento, eles são obrigados a manter o local em bom estado, mas na prática não é o que tem acontecido em vários pontos da cidade.

“Encaminhamos um ofício para que as providências sejam tomadas com relação a isso. Mas só que até agora não obtivemos nenhuma resposta, e como você mesmo está vendo aí, é uma coisa inacreditável. A gente está convivendo com isso, o pessoal corta seu coco, vende sua e o restante vem depositar aqui”, disse o síndico do condomínio, Antônio Vieira.

Ao Acorda Cidade, ele também alertou para o surgimento de doenças por conta dos animais que estão presentes cotidianamente no local.
“É uma infestação, porque eles vêm para aqui, para o telhado, aí cagam tudo aqui, fazem sujeira e a gente sabe que isso traz doenças. É proibido matar, mas a gente também quer se proteger. Se eles não estão tendo dificuldade de localizar (os carroceiros que fazem isso), eles mesmo venham, façam a limpeza e cerquem o terreno para que não volte a acontecer isso aí, porque realmente está impraticável conviver”.

O lugar fica localizado nos fundos do Ministério Público e do Horto da Uefs.
O Acorda Cidade irá solicitar um retorno da Sesp.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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