
Dois homens, que se passaram por oficiais de justiça, roubaram o carro de uma gestora de empresas, de 36 anos, na frente da escola do filho dela, em Itapuã, Vila Velha.
No momento do crime, a vítima estava acompanhada da sogra e do filho, de 6 anos. Ela foi abordada primeiro por um homem, que disse que estaria ali para cumprir um mandado de busca e apreensão do veículo.
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Logo depois, o golpista a apresentou para um segundo homem, que seria o localizador do veículo. Os dois disseram ter um mandado de um juiz, que teria mandado recolher o carro da família.
Veja o vídeo:
Segundo a vítima, que não quis se identificar, no momento da abordagem, ela não chegou a desconfiar do homem, isso porque o veículo era financiado e havia negociações na Justiça sobre ele.
Ele me abordou falando que era um oficial de justiça, e que estava presente naquele momento para fazer a apreensão do veículo. A princípio eu não achei que fosse tão estranho, porque a gente tinha esse processo judicial com o banco há alguns anos, o que achei mais estranho é como fui abordada, como as coisas foram conduzidas. No calor do momento, não consegui pensar muito, analisar muito.
Negociação de parcelas do carro
A família, desde 2020, negociava com o banco onde havia realizado o financiamento para o veículo, parcelas mais leves e taxas de juros menores para conseguir realizar a quitação do automóvel.
Assim que os homens saíram com o carro, a gestora de empresas tentava falar com o banco para compreender o que havia sido feito, e descartar a possibilidade de que teria sido vítima de um golpe.
“Procurei pessoas que têm mais experiência sobre isso para me orientar. Elas disseram que antes era preciso entrar em contato com o banco, porque se realmente fossem eles, seria uma medida legal. Caso não fosse, era um golpe e eu precisava fazer um boletim de ocorrência”, contou.
O carro contava com um rastreador e, por meio dele, a família conseguiu constatar que o veículo estava abandonado em um terreno baldio no Ibes, também em Vila Velha.
Depois disso, o carro simplesmente desapareceu. À vítima, o banco também confirmou não ter pedido o recolhimento do veículo, o que comprovou a fraude.
Vítima acredita em vazamento de dados
Após o desaparecimento do carro, os criminosos chegaram a entrar em contato com a família, se passando por uma empresa de cobranças, contratada pelo banco. Eles pediram dinheiro para devolver o veículo.
O que chama atenção, segundo a vítima, é que os criminosos entraram em contato com o marido dela.
De acordo com ela, apenas o banco e a consultoria que negociava a diminuição das parcelas, é que tinham este contato. Por conta disso, ela acredita que possa ter havido um vazamento de dados.
“Tentaram extorquir, já tinham o telefone do meu marido, sendo que ele não tinha nada a ver. Os únicos que tinham essa informação de que ele era o representante do veículo era o banco, a empresa que negocia pelo banco, então acredito que houve um vazamento de dados”, relatou.
O que dizem o TJES e a Polícia Civil
Procurado pela reportagem da TV Vitória, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) informou que o caso segue sob investigação da Polícia Civil.
Já a Polícia Civil, informou que o caso seguirá sob investigação da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), e até o momento nenhum suspeito foi detido e o veículo não consta como recuperado.
*Com informações do repórter Caio Dias, da TV Vitória/Record