Sintomas confundidos com refluxo podem indicar doença inflamatória do esôfago

cancer de intestino
Foto: Freepik

Dificuldade para engolir, queimação, dor ou a sensação de que o alimento ficou preso atrás do peito são sinais que merecem atenção. Muitas vezes confundidos com refluxo, esses sintomas podem estar associados a uma condição ainda pouco conhecida: a Esofagite Eosinofílica (EoE), uma doença inflamatória crônica do esôfago que vem sendo cada vez mais reconhecida no meio médico.

Causada pelo acúmulo anormal de eosinófilos, células de defesa envolvidas em reações alérgicas, a doença pode comprometer significativamente a qualidade de vida e costuma ser diagnosticada tardiamente. Isso porque, segundo especialistas, muitos pacientes se adaptam aos sintomas sem perceber que enfrentam uma condição que exige acompanhamento especializado.

Dr. Fábio Teixeira | Foto: Divulgação

“Dor no peito, sensação de alimento parado, azia que não melhora com o tratamento habitual. São sinais que podem indicar muito mais do que um simples desconforto digestivo”, explica o gastroendoscopista Dr. Fábio Teixeira, credenciado à União Médica. “A Esofagite Eosinofílica ainda é pouco reconhecida, mas seu impacto é real. Com o diagnóstico precoce, conseguimos mudar completamente a trajetória do paciente.”

Como parte do Maio Roxo, mês voltado à conscientização sobre doenças inflamatórias do trato gastrointestinal, e em alusão ao Dia Mundial da Conscientização sobre a EoE, celebrado em 22 de maio, a clínica Gastros, parceira da União Médica, está promovendo em Feira de Santana uma ação especial do projeto EoE Experience, que segue até o dia 18 de junho.

A campanha inclui a instalação de um totem interativo de triagem nas duas unidades da Gastros, permitindo que pacientes com sintomas típicos da doença possam ser identificados e encaminhados para avaliação médica. A iniciativa é acompanhada de um protocolo que envolve gastroenterologistas, endoscopistas e patologistas, desde o acolhimento até o diagnóstico, por meio de biópsias realizadas durante endoscopia.

Entre os sintomas mais frequentes da EoE estão disfagia, dor torácica, azia persistente e impacto alimentar. “Alguns pacientes criam estratégias para aliviar os sintomas, como cortar os alimentos em pedaços muito pequenos ou tomar muito líquido durante as refeições. Mas isso pode mascarar a doença por anos”, alerta Dr. Fábio.

O tratamento pode incluir ajustes na dieta, uso de inibidores de bomba de prótons, corticoides tópicos e, em casos mais graves, dilatação do esôfago. Em situações específicas, medicamentos imunomoduladores também podem ser utilizados com bons resultados.

Mais informações sobre a campanha estão disponíveis em:
www.sanoficonecta.com.br/campanha/pode-ser-eoe

“A informação certa no momento certo pode evitar anos de sofrimento. Por isso, convidamos os pacientes a participarem dessa jornada de cuidado e diagnóstico”, finaliza o especialista.

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