A Justiça Federal condenou a seis meses de prisão um homem pernambucano, morador de Caruaru, pelo crime de injúria contra a deputada federal Talíria Petrone (Psol do Rio de Janeiro). O ataque em questão aconteceu em 2023, online, na plataforma X (antigo Twitter). Segundo a acusação, o homem teria se referido à parlamentar como “dePUTAda” e desejado, textualmente, que ela tivesse um destino “parecido com o de sua colega de partido Marielle Franco”, em referência à vereadora carioca assassinada em 2018.
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O Ministério Público Federal (MPF), através da Defensoria Pública da União (DPU), abriu o processo contra o homem ainda em 2023, acusando-o de injúria e incitação ao crime. Ele foi absolvido da segunda acusação. A Procuradoria argumentou “ser nítido o intuito de constranger, mediante violência psicológica, o desempenho da parlamentar, e por motivo fútil consistente em uma discordância sobre um posicionamento pontual”. O caso foi julgado no Tribunal Regional Federal da 5ª região (TRF-5).
Os ataques à Petrone aconteceram numa publicação em que a parlamentar criticava a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta contra o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). A CPI convocada por deputados conservadores se encerrou sem conseguir qualquer material para acusações contra o movimento.
Em 2024, um outro homem, residente de Olinda, foi preso após ameaçar de estupro para supostamente “corrigir” a sexualidade da deputada estadual pernambucana Rosa Amorim (PT). A ameaça também se estendia a outras cinco parlamentares lésbicas de outros estados. Em abril, no Recife, dois militantes do MST foram intencionalmente atropelados durante uma marcha que pedia políticas públicas para a população do campo. Uma das vítimas, Gideone Sinfrônio, 67 anos, faleceu.
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