
Imagine morrer por 45 minutos e depois voltar para contar a história. É exatamente o que aconteceu com Vincent Tolman, um ex-fisiculturista que viveu uma experiência extraordinária em janeiro de 2003. Sua história desafia o que pensamos saber sobre o limite entre a vida e a morte, e o cenário dessa jornada foi inesperadamente cinematográfico.
Tolman dedicava-se ao fisiculturismo amador e, como muitos na área, buscava suplementos para melhorar os resultados. Foi assim que ele e um amigo adquiriram um produto relativamente novo pela internet. O que eles não sabiam é que esse suplemento era tóxico.
No fatídico dia 18 de janeiro, enquanto estava num banheiro público, Tolman perdeu a consciência. O corpo desmaiou e começou a vomitar. Tragicamente, ele aspirou o próprio vômito, bloqueando as vias respiratórias. Naquele momento, naquele chão frio de banheiro, a vida de Vincent Tolman cessou.
Segundo os registros médicos e relatos posteriores, ele permaneceu sem sinais vitais por um período estimado entre 30 e 45 minutos. Testemunhas afirmaram que seu corpo estava frio ao toque. Porém, enquanto o corpo físico jazia inerte, Vincent Tolman passava por uma experiência que mudaria sua percepção de tudo.
Ele descreve não ter percebido imediatamente que estava morto. Em vez disso, sentiu-se transportado para uma poltrona de cinema, extremamente confortável. Diante dele, uma tela começou a exibir uma cena perturbadora: um corpo masculino caído no chão de um banheiro.
Tolman observava tudo de um ponto de vista elevado, como se fosse um espectador privilegiado. A sensação mais estranha, segundo ele, foi a absoluta falta de identificação. Embora estivesse vendo um corpo que, logicamente, era o seu, ele não conseguia reconhecer aquele indivíduo como sendo ele mesmo.
A analogia que ele usa é precisa: era como assistir a um filme onde o ator principal se parece exatamente com você, usa suas roupas e está em um cenário familiar. Mas você, espectador, está claramente separado, sentado na cadeira confortável. Portanto, a ideia de que aquela cena representava sua própria morte simplesmente não ocorreu a ele naquele instante inicial. A experiência tinha uma qualidade surreal, distante.

A morte de Tolman foi causada por um suplemento ‘tóxico’ que ele comprou online
Tolman, que tinha formação na área de cinema e televisão, conta que até começou a criticar mentalmente a “produção” do “filme”. Um aspecto que lhe chamou a atenção de forma negativa foi a inclusão dos pensamentos de todas as pessoas presentes no restaurante onde o banheiro estava localizado.
Ele conseguia “ouvir” telepaticamente não apenas as pessoas próximas ao corpo, mas até mesmo os pensamentos do cozinheiro na cozinha. Isso lhe pareceu um recurso narrativo exagerado, sem propósito artístico claro, reforçando ainda mais a estranheza e o caráter cinematográfico de toda a situação.
A narrativa visual continuou. Ele viu os paramédicos chegarem ao local. Assistiu, ainda da sua perspectiva privilegiada, enquanto eles examinavam o corpo sem vida e, seguindo o protocolo para casos evidentes de óbito, o colocavam dentro de um saco de corpo. Tolman então “acompanhou” o corpo sendo levado para a ambulância. Dentro do veículo, ele podia ouvir os pensamentos internos de um dos paramédicos, um novato. Foi então que algo impressionante aconteceu.
Enquanto o paramédico mais jovem refletia sobre a situação, Tolman testemunhou uma luz intensa começando a emanar do peito do homem. Ele descreve essa luz como física, tangível, como se alguém tivesse colocado uma lâmpada brilhante sob a camisa do paramédico. A luz pulsava diretamente da região do coração. Simultaneamente, uma voz poderosa e clara ecoou, declarando de forma inconfundível: “Este aqui não está morto”.
Movido por essa sensação e pela voz imperativa, o paramédico novato, contrariando todos os protocolos estabelecidos para casos de morte evidente, decidiu agir. Ele abriu o zíper do saco de corpo.

O ex-fisiculturista foi colocado em suporte de vida após entrar em coma
Mesmo sem conseguir detectar nenhum pulso ou sinal vital tradicional, o paramédico sentiu algo – uma espécie de centelha, uma energia mínima, perto da virilha do corpo. Essa pequena percepção foi suficiente para ele justificar iniciar imediatamente as manobras de reanimação cardiopulmonar.
O corpo foi levado às pressas para o hospital. Foi durante esse transporte, enquanto ainda se sentia naquela estranha posição de observador, que Vincent Tolman começou a experimentar uma sensação física nova e perturbadora: ele sentiu as tiras sendo apertadas em seus braços.
Era a sensação física das correias sendo presas na maca para o transporte seguro. Essa percepção física, vinda de um corpo que ele até então observava de forma completamente dissociada, causou uma enorme confusão.
Por que ele, supostamente apenas um espectador numa cadeira de cinema cósmica, estava sentindo as tiras apertando seus próprios braços? Esse conflito sensorial foi crucial. Foi nesse exato instante, sentindo o contato físico das correias, que a verdade chocante finalmente se impôs à consciência de Vincent Tolman.
A revelação foi avassaladora: o corpo no chão do banheiro, o corpo dentro do saco, o corpo sendo reanimado e agora preso à maca – aquele corpo era dele. O “filme” que ele assistia com tanta estranheza e distanciamento era, na realidade, a cena de sua própria morte e do início improvável do seu retorno à vida. A jornada de 45 minutos além do limiar conhecido chegava a um ponto de virada.
Esse Homem que morreu por 45 minutos antes de ‘voltar à vida’ explica exatamente o que viu foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.