
Imagine investir milhões de dólares e horas incontáveis em uma meta: frear, ou até mesmo reverter, o processo de envelhecimento. Essa é a realidade de Bryan Johnson, um autointitulado biohacker que já gastou cerca de 2 milhões de dólares (equivalente a 11 milhões de reais) em sua busca pela longevidade extrema. Sua jornada envolve métodos que vão do rigoroso ao radical, e os últimos resultados de um experimento específico estão chamando a atenção.
Johnson, que está na casa dos 40 anos, acaba de concluir um ciclo intensivo de 90 dias de terapia com oxigênio hiperbárico. Esse tratamento médico consiste em respirar oxigênio puro dentro de uma câmara especial onde a pressão do ar é maior do que a normal. Essa condição permite que o corpo absorva quantidades significativamente maiores de oxigênio, um elemento essencial para inúmeros processos celulares.
Normalmente, a terapia hiperbárica é utilizada para acelerar a cicatrização de ferimentos graves, combater infecções difíceis ou tratar condições como embolias. Johnson, porém, a testou como uma possível ferramenta antienvelhecimento. Ao longo dos 90 dias, ele completou nada menos que 60 sessões, cada uma com duração de 90 minutos.

Bryan Johnson espera “viver para sempre”
Os números divulgados por ele em seu canal no YouTube são impressionantes. Segundo Johnson, o tratamento resultou em um aumento de 300% na densidade de seus vasos sanguíneos. Vasos sanguíneos são cruciais para transportar oxigênio e nutrientes para todo o corpo, e uma rede mais densa pode significar uma melhor irrigação dos tecidos.
Outro dado surpreendente foi um salto de 1000% nos níveis de uma bactéria intestinal específica chamada Akkermansia. Essa bactéria está fortemente associada a uma melhor saúde metabólica e intestinal, áreas fundamentais para o bem-estar geral.
Os benefícios aparentes não pararam por aí. Johnson relatou uma melhora de aproximadamente 10% nos danos causados pela radiação UV em sua pele, além de uma transformação positiva na textura e aparência da pele em todo o seu corpo. Um marcador sanguíneo ligado ao risco de desenvolver Alzheimer apresentou uma queda de 28% após os três meses de tratamento.
Talvez o dado mais simbólico tenha sido a medição de seus telômeros – as “capas” protetoras nas extremidades dos cromossomos, consideradas um indicador da idade biológica. Os resultados sugeriram que os telômeros de Johnson seriam comparáveis aos de uma criança de dez anos.
É importante contextualizar que a busca de Johnson pela juventude é intensa e, muitas vezes, controversa. Sua rotina inclui uma dieta extremamente controlada e até procedimentos envolvendo plasma sanguíneo de seu filho mais novo.
Ele também gerou polêmica ao compartilhar publicamente dados íntimos comparando sua saúde sexual com a do filho, incluindo métricas como eficiência do sono, qualidade média de ereção, número de episódios de ereção e duração total. Segundo esses dados, Johnson teria uma qualidade média de ereção ligeiramente superior (94 contra 90 do filho) e melhor eficiência de sono, embora com menos episódios de ereção.
A terapia com oxigênio hiperbárico, dentro de um protocolo médico estabelecido, tem seus usos reconhecidos. No entanto, seu emprego como ferramenta antienvelhecimento em larga escala, especialmente com a intensidade praticada por Johnson, permanece experimental e não comprovada cientificamente para esse fim.
Os resultados apresentados por ele são auto-relatados e carecem de verificação independente rigorosa. A jornada de Bryan Johnson continua a desafiar noções convencionais, colocando o próprio corpo no centro de experimentos audaciosos na fronteira da ciência e do biohacking. Os próximos capítulos dessa busca pela juventude eterna certamente trarão mais dados – e provavelmente, mais debates.
Esse Biohacker que gasta US$ 2 milhões para ‘viver para sempre’ revela resultados surpreendentes após 90 dias de terapia com oxigênio foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.