Reprodução/Redes Sociais/Montagem Folha Vitória
O funkeiro MC Poze do Rodo deixou a cadeia na tarde desta terça-feira (3). Ele estava preso em Bangu 3, no Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro, desde 29 de maio, acusado de apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas.
O cantor recebeu habeas corpus da Justiça do Rio de Janeiro, na noite de segunda-feira (2). Na decisão, o desembargador Peterson Barroso Simão, da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, criticou a forma de atuação da Polícia Civil no caso.
“Existem indícios que comprometem o procedimento regular da polícia. Pelo pouco que se sabe, o paciente teria sido algemado e tratado de forma desproporcional, com ampla exposição midiática, fato a ser apurado posteriormente”, escreveu o magistrado.
Após receber por e-mail seu alvará de soltura, por volta de 14h30, o funkeiro deixou o presídio com um kit fornecido pela Justiça, com uma camisa, uma bermuda e um chinelo.
Veja o vídeo:
Poze foi recebido por uma multidão de pessoas que o aguardavam do lado de fora do presídio. Uma pequena confusão foi registrada pouco antes da soltura do cantor.
Relembre a prisão
O funkeiro foi preso na casa em que mora com a esposa e três filhos, no Recreio dos Bandeirantes. Ele foi algemado com as mãos para trás, sem camisa e levado descalço para a delegacia. Ele teria de cumprir prisão temporária de 30 dias, o que foi revogado.
De acordo com o magistrado que concedeu o habeas corpus, a prisão temporária não se mostrou necessária por conta de elementos apreendidos na casa do funkeiro serem suficientes para a continuação da investigação.
“O material arrecadado na busca e apreensão [na casa do funkeiro] parece ser suficiente para o prosseguimento das investigações, sem a necessidade da manutenção da prisão, já que não há comprovação, por ora, de que ele estivesse com armamento, drogas ou algo ilícito em seu poder”, disse.
Medidas cautelares que MC Poze terá de cumprir
- Comparecimento mensal em juízo até o dia 10 de cada mês para informar e justificar suas atividades;
- Não se ausentar da Comarca enquanto perdurar a análise do mérito do habeas corpus;
- Permanecer à disposição da Justiça informando telefone para contato imediato;
- Proibição de comunicar-se com pessoas investigadas pelos fatos envolvidos no inquérito, testemunhas, bem como pessoas ligadas à facção criminosa Comando Vermelho.
*Com informações do portal R7 e da Agência Brasil
