O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que dobra de 25% para 50% a tarifa para importações de aço e alumínio. A medida entra em vigor à 0h1min da Costa Leste dos EUA nesta quarta-feira (4).
Como exceção, Trump determinou que, a partir do Acordo de Prosperidade Econômica entre os EUA e o Reino Unido de 8 de maio, haja um tratamento diferenciado para as importações de artigos de aço e alumínio e seus derivados britânicos.
Para o Reino Unido, por enquanto, permanece a alíquota tarifária em 25%, conforme consta da ordem executiva divulgada pela Casa Branca.
O Brasil, como um dos principais fornecedores para os EUA, é um dos mais atingidos.
Como o Estadão mostrou, a nova ofensiva de Trump, anunciada na sexta-feira, 30, e concretizada agora, é um banho de água fria no setor siderúrgico brasileiro. Além disso, o decreto pegou as empresas de surpresa, como afirmou o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Melo Lopes.
Além disso, o Instituto Aço Brasil afirmou que a medida agrava o cenário global do setor. Que se caracteriza pelo excesso de capacidade na ordem de 620 milhões de toneladas.
Tarifa para aço e repercussão
O Instituto também frisou a importância do governo brasileiro para restabelecer o acordo econômico bilateral.
Esse acordo foi estabelecido em 2018 e permitia a exportação de aço brasileiro aos EUA dentro de cotas, sem a aplicação de tarifas adicionais.
Em 2024, o Brasil foi o segundo país que mais exportou aço para os EUA, conforme relatório do American Iron and Steel Institute (Instituto Americano de Ferro e Aço). O país enviou 4,49 milhões de toneladas, um avanço de 14,1% em relação a 2023, quando o Brasil exportou 3,94 milhões de toneladas.
