Trump proíbe entrada de cidadãos de 12 países nos EUA e restringe de outros sete; Cuba e Venezuela estão na lista

O presidente Donald Trump proibiu a entrada de cidadãos de 12 países nos Estados Unidos para proteger o território, segundo o republicano, de “terroristas estrangeiros”. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (4) e medidas começam a valer na próxima segunda-feira (9). 

A Anistia Internacional dos Estados Unidos, em seu perfil no X, antigo Twitter, afirmou que a medida é “discriminatória, racista e absolutamente cruel”. “Ao visar pessoas com base em sua nacionalidade, essa proibição apenas dissemina desinformação e ódio”, conclui a mensagem. 

A lista inclui pessoas do Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. Foi decretada ainda uma restrição, que proíbe a residência, o turismo, os vistos de estudo e de atividades comerciais, conferências, reuniões e negociações. Neste caso, estão proibidos os cidadãos de Cuba, Venezuela, Burundi, Laos, Serra Leoa, Togo e Turcomenistão.

Em todos os casos a proibição pode cair caso as autoridades estadunidenses – a procuradora-geral Pam Bondi ou o chefe da diplomacia Marco Rubio – entendam que a viagem de um determinado cidadão pode beneficiar os interesses dos Estados Unidos. 

O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, reagiu e afirmou que, “na verdade, estar nos Estados Unidos é um grande risco para qualquer pessoa, não apenas aos venezuelanos”. 

O presidente do Conselho Nacional Iraniano-Americano, Jamal Abdi, afirmou, por sua vez, que a medida “não fará com que os Estados Unidos estejam mais seguros, mas causará sofrimento para muitos americanos, incluindo os membros da comunidade iraniana-americana, cujos entes queridos verão seus vistos negados arbitrariamente”.

Também nesta quarta-feira, Trump anunciou a proibição de vistos para estudantes estrangeiros que estavam para ingressar na Universidade de Harvard. “O Federal Bureau of Investigation (FBI) alerta há muito tempo que adversários estrangeiros aproveitam o fácil acesso ao ensino superior americano para roubar informações, explorar pesquisa e desenvolvimento e espalhar informações falsas”, diz um comunicado da Casa Branca.

Em resposta, a universidade classificou a medida como “mais um passo retaliatório ilegal tomado pelo governo, em violação aos direitos da Primeira Emenda de Harvard”. “Harvard continuará a proteger seus estudantes internacionais”, acrescentou.

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