Simulação assustadora do acidente da Air India apresenta teorias sobre o que realmente deu errado no voo que matou 270 pessoas

Simulação assustadora do acidente da Air India apresenta teorias sobre o que realmente deu errado no voo que matou 270 pessoas

A internet está movimentada com uma simulação impressionante que tenta desvendar os segundos críticos que levaram à devastadora queda do voo Air India 171. O acidente, ocorrido em 12 de junho, chocou o mundo e deixou um rastro de tristeza e incógnitas. Enquanto as investigações oficiais seguem meticulosamente seu curso, essa representação digital alimenta discussões sobre as possíveis causas por trás de uma das maiores tragédias aéreas recentes.

Tudo começou normalmente no Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel, em Ahmedabad, na Índia. O Boeing 787-8 Dreamliner, carregando 230 passageiros e 12 tripulantes, levantou voo com destino a Londres Gatwick.

Porém, menos de um minuto após deixar o solo, o cenário idílico se transformou em pesadelo. Testemunhas relataram ver a aeronave perder altitude de forma alarmante e repentina. Apesar dos esforços hercúicos da tripulação, o enorme jato não conseguiu recuperar a altura necessária.

A tragédia se consumou quando o avião colidiu violentamente contra o bloco de um alojamento estudantil do B. J. Medical College, no bairro de Meghaninagar. O impacto foi catastrófico, não apenas para os ocupantes do voo, mas também para pessoas que se encontravam no prédio atingido.

A escala da perda foi avassaladora: das 242 pessoas a bordo, apenas um homem, Vishwash Kumar Ramesh, um britânico de 40 anos, sobreviveu milagrosamente. Moradores do alojamento também perderam suas vidas, aumentando ainda mais o número de vítimas.

A aeronave caiu cerca de 30 segundos após a decolagem

A aeronave caiu cerca de 30 segundos após a decolagem

O governo indiano agiu rapidamente. O Escritório de Investigação de Acidentes de Aeronaves (AAIB) assumiu a liderança da complexa investigação. Um ponto crucial para desvendar o mistério foi a recuperação, no dia seguinte ao acidente (13 de junho), de uma das chamadas “caixas-pretas” – na verdade, dispositivos de cor alaranjada brilhante que registram dados de voo e conversas na cabine. O ministro da Aviação Civil da Índia, Ram Mohan Naidu Kinjarapu, expressou confiança de que esses gravadores serão fundamentais para entender a sequência exata de eventos.

A simulação que viralizou, publicada pelo canal AiTelly no YouTube, tenta reconstruir esses eventos com base nos poucos dados públicos disponíveis e em análises técnicas. Ela mostra o avião subindo inicialmente, atingindo cerca de 190 metros de altitude (aproximadamente 625 pés) sobre a pista. Então, de forma abrupta, começa a perder altura.

A cronometragem é implacável: apenas 36 segundos após a decolagem, a tripulação emite um desesperado chamado “mayday” ao controle de tráfego aéreo. Nas gravações, o capitão Sumeet Sabharwal, um piloto altamente experiente, é ouvido relatando uma situação crítica: “Sem impulso, perdendo potência, incapaz de subir”. Foram suas últimas palavras conhecidas.

A simulação explora várias hipóteses para explicar essa súbita perda de potência e sustentação. Uma das pistas vem do próprio sobrevivente, Vishwash Kumar Ramesh, que mencionou ter ouvido um “barulho alto” antes do impacto. Isso poderia indicar uma falha catastrófica em um dos motores. Contudo, um detalhe importante nos vídeos amadores do acidente desafia essa teoria: a ausência total de fumaça ou fogo visível saindo dos motores durante a queda.

Essa falta de sinais visuais de fogo ou fumaça levanta uma possibilidade ainda mais complexa: a de que *ambos* os motores podem ter perdido impulso simultaneamente. Especialistas apontam que essa falha dupla poderia ter origem em problemas mecânicos distintos em cada motor ou, potencialmente, em uma única causa comum, como uma falha crítica no sistema de combustível da aeronave que afetasse ambos os propulsores.

Outra linha de investigação abordada pela simulação envolve as superfícies de controle do avião, especificamente os “flaps”. Os flaps são painéis móveis nas bordas das asas, essenciais para aumentar a sustentação durante a decolagem e a resistência aerodinâmica durante a aterrissagem. Um problema com a configuração ou o funcionamento dos flaps poderia ter comprometido severamente a capacidade do avião de se manter no ar após a decolagem.

A discussão ganhou força com a análise de um especialista conhecido, o Capitão Steve, um piloto de linha aérea comercial que também compartilha seu conhecimento no YouTube. Ao examinar as imagens disponíveis, ele observou que o jato parecia anormalmente “plano” no ar, como se não estivesse gerando sustentação suficiente. Ele também notou que o trem de pouso ainda parecia estar abaixado – uma posição que aumenta a resistência e não é mantida após a decolagem bem-sucedida.

O Capitão Steve descartou algumas possibilidades. A ausência de chamas ou faíscas nos motores, como mencionado, torna menos provável uma falha explosiva em um único motor ou um evento como uma colisão massiva com pássaros. “Seria necessário um grande número de pássaros para danificar ambos os motores simultaneamente a ponto de causar a queda”, ele argumentou, “e veríamos indícios visuais disso”.

Ele também rejeitou firmemente a ideia de que o avião poderia ter decolado com os flaps recolhidos. Aeronaves modernas como o Boeing 787 possuem sistemas de verificação eletrônica duplos e redundantes que são “integrais” ao procedimento de decolagem.

“O avião simplesmente não começaria a taxiar, muito menos decolaria, se os flaps não estivessem configurados corretamente”, explicou Steve. Além disso, uma tentativa de decolagem sem flaps ativaria uma série de alarmes impossíveis de ignorar: luzes vermelhas piscando, alertas de cautela e uma sirene ensurdecedora na cabine.

Diante disso, o Capitão Steve apresentou uma teoria mais específica, embora enfatizando que é apenas especulação. Ele sugeriu que pode ter ocorrido um erro humano crítico no momento crucial de recolher o trem de pouso. “Acho que o piloto que estava voando disse ao co-piloto ‘trem de pouso, recolher’ no momento apropriado”, propôs Steve.

Todos os passageiros da Air India no avião morreram, exceto um

Todos os passageiros da Air India no avião morreram, exceto um

“Acho que o co-piloto, por engano, pode ter agarrado a alavanca dos flaps e recolhido os flaps, em vez da alavanca do trem de pouso. Se isso aconteceu – e é um grande ‘se’ – isso explicaria muito por que este avião parou de voar.” Recolher os flaps prematuramente, durante a subida inicial quando a sustentação é crítica, faria o avião perder rapidamente a capacidade de se manter no ar.

É vital ressaltar que todas essas discussões, incluindo as análises da simulação e as teorias do Capitão Steve, são conjecturas baseadas em informações preliminares. A verdade definitiva só será estabelecida pela investigação oficial do AAIB, que está analisando minuciosamente os dados da caixa-preta, os destroços da aeronave, os registros de manutenção, as gravações de rádio e os depoimentos de testemunhas.

O processo é complexo e pode levar meses ou até anos para ser concluído. Enquanto aguardamos as conclusões oficiais, a simulação serve como um lembrete vívido da complexidade da aviação moderna e da busca incessante por respostas após uma tragédia de proporções tão devastadoras.

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