
Susan Schmidt vivia uma rotina intensa: mãe de dois filhos, fisioterapeuta, sempre em movimento. No início de 2023, aos 45 anos, começou a sentir uma fadiga avassaladora, algo muito além do cansaço normal da vida corrida. O sintoma era tão forte que ela precisava parar o carro no meio do caminho.
Após levar a filha para um treino de remo, uma viagem de apenas 15 minutos, Susan era obrigada a estacionar e dormir por 40 minutos para conseguir voltar para casa. “Isso não é normal”, ela reconhece agora. Na época, porém, atribuiu tudo à chegada precoce da menopausa. Afinal, quem nunca se sentiu exausto?

Apesar de receber seu diagnóstico devastador, Susan Schmidt manteve-se positiva e está incentivando outras pessoas a falarem sobre problemas nos movimentos intestinais (Instagram/soozieschmidt)
Pouco depois, durante uma sonhada viagem para a França para um casamento de amigos, Susan enfrentou outro sintoma inédito: prisão de ventre persistente. Acostumada a um funcionamento intestinal regular, ela estranhou. Mas, cercada pela deliciosa e rica culinária francesa, com muito queijo e vinhos, achou natural. “Culpei a comida francesa, pensei que era só uma reação ao excesso. Não dei maior importância”, lembra. O desconforto parecia justificável, passageiro.
O retorno à Austrália trouxe uma dor intensa e repentina, que Susan descreve como “pior do que o parto”. Uma visita ao médico resultou em exames, mas nenhum alarme foi soado. “Eles não estavam procurando por câncer”, explica Susan. Os exames de sangue não mostravam nada fora do comum. A sensação de que algo não estava certo persistia, mas sem respostas claras.
Quatro meses depois do início dos sintomas sutis, em setembro de 2023, veio o diagnóstico devastador: câncer de intestino em estágio quatro. A doença já estava avançada, considerada incurável. “O plano é me manter bem pelo maior tempo possível”, afirma Susan, hoje com 47 anos. Ela sabe que novos ciclos de quimioterapia estão no seu futuro próximo.

A mulher de 47 anos criou sua própria instituição dedicada ao câncer de intestino chamada The Floozie Foundation (Instagram/soozieschmidt)
O que mais choca Susan, além do diagnóstico tardio, é a constatação de que sintomas aparentemente comuns e sem gravidade foram ignorados por ela – uma profissional da saúde, uma fisioterapeuta com conhecimento médico. “Eu tinha conhecimento em saúde. Mas nunca me passou pela cabeça que poderia ser câncer de intestino. Não havia sangue nas fezes, nada dramático. Só a fadiga extrema, a prisão de ventre e aquelas duas crises de dor”, relata.
Susan aponta um problema cultural crucial: o tabu em torno dos hábitos intestinais. “Eu não falava sobre meu funcionamento intestinal. Quem fala? Esse é o grande problema do câncer de intestino – as pessoas não dão o alerta”. Ela acredita que a vergonha ou o simples desconforto em discutir o assunto atrasam diagnósticos cruciais.
Diante dessa realidade, Susan Schmidt transformou sua experiência em um alerta urgente e em ação. Ela fundou a The Floozie Foundation, uma instituição de caridade focada em apoiar pacientes com câncer de intestino e enfermeiros na Austrália.

Schmidt fotografada embaixo da Torre Eiffel com sua filha (Instagram/soozieschmidt)
Sua mensagem é direta e vital: conheça os sinais do seu corpo, mesmo os mais sutis. Fadiga incapacitante, mudanças persistentes no hábito intestinal (como prisão de ventre ou diarreia novas), desconforto abdominal – tudo isso merece atenção.
“Quero que as pessoas conheçam os sinais. Quero que elas pressionem por respostas se algo parecer errado”, enfatiza Susan. “Mesmo que seus exames de sangue estejam normais, mesmo que lhe digam que é estresse, dieta ou menopausa – siga seu instinto. Não deixe que sintomas sutis passem despercebidos. Falem sobre o funcionamento do seu intestino, com seus familiares e com seu médico. Isso pode salvar vidas”. A história de Susan é um chamado para quebrar o silêncio e priorizar a escuta atenta do próprio corpo.
Esse Mulher de 47 anos diagnosticada com câncer em estágio 4 emite alerta urgente sobre sintoma sutil que ignorou foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.