
Embora tenha sido anunciada anteriormente a previsão de um resgate neste domingo (22), não há confirmação sobre o salvamento da publicitária brasileira Juliana Marins, de 27 anos, que sofreu uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. Familiares e amigos têm relatado desencontro de informações, inclusive sobre a veracidade da informação de que Juliana teria recebido alimentos e bebidas, como divulgado no sábado (21).
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que as autoridades locais seguem em contato com a embaixada brasileira. “Equipes de resgate continuam na área, trabalhando em condições difíceis, segundo as autoridades indonésias”, destacou o comunicado.
A baixa visibilidade causada por neblina e outros fatores teria dificultado o resgate, que estava previsto para a manhã deste domingo, no horário local — a Indonésia está 11 horas à frente do horário de Brasília. Até o momento, novas informações oficiais não foram divulgadas, embora já seja noite no país asiático. O acidente ocorreu na madrugada de sábado (21).
Imagens registradas por drone mostraram Juliana após a queda durante a trilha, mas brasileiros que estão auxiliando a família relataram que novas imagens não identificam mais a jovem no local onde ela havia sido vista anteriormente. Isso pode indicar que Juliana tenha sofrido uma nova queda.
Familiares e amigos vêm fazendo apelos nas redes sociais por uma maior mobilização das autoridades da Indonésia e do Brasil pelo resgate da brasileira — que estava em Lombok, um dos destinos turísticos mais procurados da Indonésia. Eles também alegam ter recebido informações desencontradas de fontes oficiais e passaram a buscar atualizações com contatos locais.
“O resgate não aconteceu. Depois das 17h30, no horário local, pararam as buscas. Ninguém chegou até a Juliana. Ninguém sabe onde a Juliana está, Juliana está desaparecida”, afirmou Mariana Marins, irmã da publicitária, nas redes sociais.
Segundo ela, novas informações indicam que Juliana teria sido abandonada pelo grupo com o qual fazia a trilha, por estar sentindo cansaço. O guia, então, teria decidido continuar a subida até o cume do monte com os demais integrantes da excursão. “Abandonaram a Juliana. Ela passou a noite sozinha, sem comida, sem agasalho, sem água, sem nada”, relatou Mariana.
Juliana fazia a trilha com uma agência especializada local e teria deslizado cerca de 300 metros após uma queda em uma região considerada de difícil acesso.
Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, a brasileira fazia um mochilão pela Ásia e compartilhava parte de sua viagem em redes sociais. Ela já havia passado por países como Espanha, Holanda, Vietnã, Alemanha, Uruguai e Egito.
Em seu perfil no LinkedIn, Juliana informa ter trabalhado em empresas do grupo Globo, como Multishow e Canal Off, além da agência de marketing Mynd e do evento Rio2C, voltado à indústria criativa. Ela é formada em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).