
O final de semana foi histórico para a ginástica rítmica brasileira. No sábado (21), o País conquistou a primeira medalha em toda a sua história de participações em Mundiais da modalidade.
Foi uma medalha de prata, conquistada no conjunto geral na terceira edição do Mundial Juvenil, em Sófia, na Bulgária. E como já é tradição na modalidade, o Espírito Santo tem uma representante na equipe: a ginasta Amanda Manente, do Incesp, de 13 anos.
Mas não parou por aí e, neste domingo (22), a seleção brasileira juvenil voltou ao pódio, agora com a prata na prova de cinco arcos. Além da Amanda, o Estado esteve representado pela treinadora da equipe, Juliana Coradine, ex-ginasta da seleção brasileira.
Amanda mantém a tradição do ES na ginástica rítmica
Amanda Manente comemorou suas primeiras conquistas com a seleção brasileira de ginástica rítmica em novembro do ano passado, na Copa Sul-Americana, em Santiago, no Chile. Lá, ela foi medalhista de ouro na bola, nas maças e na disputa por equipes.
Em novembro, durante os Jogos da Juventude, em João Pessoa (PB), ela se destacou ao conquistar duas medalhas de prata e uma de bronze na competição escolar.
Convocada em janeiro deste ano para a seleção brasileira de conjunto, a capixaba se preparou com a equipe em Aracaju (SE) e, neste fim de semana, fez história para a ginástica rítmica brasileira.
Amanda Manente mantém, assim, a tradição do Espírito Santo em revelar grandes nomes da modalidade.
Daqui, saíram destaques com Tayanne Mantovanelli, primeira brasileira a conseguir uma medalha individual em Jogos Pan-Americanos com o bronze nas maças em Santo Domingo-2003; Natália Gaudio, hexacampeã brasileira e primeira brasileira a chegar a uma final de etapa da Copa do Mundo, ficando na quarta posição da fita em Portimão-2018; Emanuelle Lima e Francielly Machado, da seleção brasileira de conjunto nos Jogos do Rio-2016; e, mais recententemente, Déborah Medrado, Sofia Madeira e Geovanna Santos, todas com marcas importantes pela seleção brasileira.
Duas pratas históricas para o Brasil
Na soma das séries mista e simples do Mundial Juvenil em Sófia, na Bulgária, o conjunto comandado pela treinadora Juliana Coradine obteve 48.900 pontos, tendo sido superado apenas pelas búlgaras, donas da casa (49.900). O bronze coube à Ucrânia (48.400).

Além da medalha, o Brasil ainda foi reconhecido com um prêmio especial concedido pelo Comitê Técnico da FIG: a seleção brasileira juvenil foi eleita o conjunto mais sincronizado da competição, reforçando o impacto técnico e artístico de sua apresentação.
O conjunto brasileiro teve Andriely Leticia Cichovicz, Julia Anny Colere da Cruz, Amanda Manente, Alice Neves de Medeiros e Clara Beatriz Pereira Vaz. A capixaba Amanda é a mais nova do grupo com 13 anos. As demais nasceram em 2010 e já têm ou completam 15 anos este ano.
“A gente não esperava um resultado tão grandioso. O que sempre tivemos em mente era fazermos coreografias bem-feitas e sairmos felizes da quadra. Só quis passar isso para as meninas. De repente, elas fizeram duas séries lindas. Meu Deus, a gente conseguiu! Sermos vice-campeãs do mundo é uma coisa incrível para nós. Este momento é de felicidade e de muita gratidão. Existe todo o investimento da Confederação Brasileira de Ginástica, das Loterias CAIXA, do COB e também do Ministério do Esporte. Esse apoio para a base é fundamental. Estamos falando da geração futura, daquela que estará treinando já olhando para a próxima edição dos Jogos Olímpicos. Quero agradecer a todos e a todas que fizeram parte deste processo!”, comemorou a treinadora Juliana Coradine, ex-ginasta capixaba que competiu nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg-1999 pela seleção brasileira.
Neste domingo, o conjunto se sagrou vice-campeão na série de cinco arcos, com a nota 25.350, atrás da Bulgária (26.600). No terceiro lugar do pódio, Estônia e Itália, ambas com 25.100, ficaram com os bronzes.