Cinco idosos vão para o hospital por dia no Espírito Santo devido a quedas. Essa é a terceira principal causa de mortes entre as pessoas da terceira idade em todo o país.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2023 e 2024, foram registradas 11.801 mortes por quedas de idosos no Brasil. No Espírito Santo, 1.910 idosos foram para o hospital por conta de quedas no ano passado.
Uma dessas pacientes é Zilda Simoura, de 73 anos, que possui dificuldade para se movimentar desde que sofreu uma queda há um ano enquanto caminhava.
“Estava na chácara. Eu sempre passo por um lado, mas naquele dia resolvi passar pelo outro. Me desequilibrei e caí por cima da minha perna”, explicou dona Zilda.
Com dores, ela foi levada para o hospital pela filha e pelo marido. Na unidade de saúde, um raio-X revelou que a idosa havia fraturado o fêmur. Ela foi levada para o centro cirúrgico para ser operada e depois foi liberada para se recuperar em casa.
Atendimento precoce em caso de queda
As quedas são a terceira causa de morte mais frequente entre os idosos no Brasil. O coordenador da ortopedia do Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria, Igor Vasconcelos, orienta que se busque o quanto antes um pronto atendimento após a queda.
Se não tiver intervenção nas primeiras 24 a 48 horas, a mortalidade do paciente aumenta. Caso o idoso caia, o ideal é que se leve para o pronto atendimento o mais rápido possível para que a gente possa diagnosticar e tratar a tempo.
Os idosos que sofreram queda são o perfil mais atendido nos hospitais do Espírito Santo. Muitas vezes, a recuperação exige mais tempo e cuidados do que um paciente jovem.
No caso de dona Zilda, ela teve que passar por sessões de fisioterapia e tratamentos até voltar à mobilidade. O acidente mudou a rotina de toda a família.
“No início, ela não andava, só ficava na cama. Os primeiros meses foram os piores. A gente teve que se readaptar à realidade dela, que também virou a nossa realidade”, disse a filha, Rovena Simoura.
Prevenção à queda de idosos
Os idosos podem seguir algumas orientações para evitar sofrerem com quedas. Igor Vasconcelos indica práticas para se adotar em casa e na rua para garantir a segurança.
Evitar o uso de tapetes, colocar corrimão nas escadas e usar calçados adequados. Muitas vezes, o chinelo de dedo pode predispor algum escorregão ou tropeço. O mais importante em relação à queda é a prevenção.
*Com informações do repórter Lucas Henrique Pisa, da TV Vitória/Record
