Polícia prende suspeitos e desvenda morte de traficante de Vitória

Manoel Vitor Nascimento da Silva, o Dente, e Pedro Gabriel Fraga Martins,, conhecido como Peito Queimado, estão presos. Foto: Sesp/Divulgação

Dois suspeitos de participação no homicídio de Genilson de Souza Santos, de 43 anos, em 17 de fevereiro deste ano, no bairro Santo André, em Vitória, foram presos após quatro meses de investigação. A vítima fazia parte do tráfico de drogas na região.

Genilson foi assassinado um dia depois de o irmão dele, Osmar de Souza Santos, de 44 anos, matar Gustavo Vieira Barreto, de 22 anos, no mesmo bairro, após uma confusão sobre drogas.

Sequência de crimes

Gustavo, conhecido como Mister M, era gerente do tráfico na região e superior hierárquico de Genilson e Osmar. Ele teria acusado os irmãos de perderem um carregamento de drogas e obrigado os dois a reaverem o material perdido, caso contrário, os mataria.

Genilson e Gustavo foram assassinados com um dia de diferença. Foto: Reprodução/Sesp

Osmar não gostou de ter sido cobrado pelo traficante e o matou a tiros. Gustavo era irmão do chefe do tráfico na região, Manoel Vitor Nascimento, conhecido como Dente. Todos os envolvidos faziam parte da mesma facção, o Primeiro Comando de Vitória (PCV).

Manoel Vitor teria ordenado a um comparsa, Pedro Gabriel Fraga Martins, conhecido como Peito Queimado, para que executasse Osmar, como retaliação pela morte do irmão.

Peito Queimado esteve na casa de Osmar um dia depois, mas ele não estava lá, pois havia sido preso em flagrante pelo assassinato de Gustavo. Em seu lugar, Genilson foi assassinado pelo criminoso.

“O Gabriel, alcunha Peito Queimado, vai ao local, uma residência na rua 23 de Abril, e encontra o Genilson em frente ao local, oportunidade em que ele é assassinado”, explicou adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, delegado George Zan.

Veja prisões relacionadas ao caso:

Delegado diz que prisões evitaram eventual guerra do tráfico

Manoel Vitor e Pedro Gabriel foram presos em abril, em uma operação que contou com a participação da Polícia Penal. De acordo com o delegado, as prisões ajudaram a precaver uma guerra do tráfico na região.

“A rapidez nas prisões foi importante para que freasse uma eventual guerra que poderia acontecer no local, uma vez que após a primeira morte, toda a família do autor passou a ser ameaçada”, disse.

Ainda segundo o delegado, os dois foram presos em suas casas. Nos imóveis foram encontradas grandes quantidades de drogas, como maconha, cocaína e haxixe, o que os enquadrou além, do homicídio, no crime de tráfico.

Na mesma operação, Saulo Fraga Martins, de 21 anos, irmão de Pedro Gabriel, também foi preso. Outras quatro pessoas, ligadas ao tráfico, também foram presas em outros pontos da capital.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.