O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto para viabilizar o traslado do corpo em casos como o da brasileira Juliana Marins, 26 anos, que morreu na Indonésia enquanto fazia uma trilha em um vulcão. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (27) e autoriza o governo a pagar pelo transporte.
Com ele, o presidente modificou um decreto anterior que proibia o custeio desse tipo de despesa pelo governo. Lula mudou a regra após conversar com os pais de Juliana. No caso específico da montanhista, porém, o transporte foi custeado pela prefeitura de Niterói (RJ), onde Juliana nasceu e será enterrada, que já tinha se comprometido com os custos anteriormente.
De acordo com o novo decreto, o governo brasileiro poderá arcar com as despesas de traslado quando cumpridas quatro condições: quando a família não tem capacidade financeira de custear o transporte, quando isso não estiver coberto em seguro viagem, quando a morte ocorrer em circunstâncias que causem comoção e quando o governo tiver disponibilidade financeira para o pagamento.
Lula falou sobre o pagamento do traslado na quinta-feira (26), em visita a São Paulo. Lá, ele já havia adiantado que o caso de Juliana se enquadra no decreto.
Até então, baseado no decreto anterior, o Ministério das Relações Internacionais (MRE) informava que o traslado deveria ser custeado pela família.
Juliana caiu da borda da cratera do Monte Rinjani na madrugada de sábado (21). O resgate só conseguiu alcançá-la na terça-feira (24), quando já estava morta.
Para a família, houve negligência da equipe de resgate local. Em mensagem nas redes sociais, os familiares disseram que, se a equipe tivesse chegado ao local da queda em até sete horas após a chamada, Juliana ainda estaria viva.
Segundo o serviço responsável por buscas e resgate da Indonésia, a demora em iniciar os trabalhos de busca e salvamento no sábado ocorreu porque as equipes só foram avisadas depois que um integrante do grupo de Juliana conseguiu descer até um posto distante da queda. A caminhada durou horas.
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