Do churrasco na laje ao top 1 da Netflix: ator de ‘DNA do Crime’ fala sobre o personagem Rivotril

O ator, diretor e professor Phellipe Azevedo interpreta um dos destaques da segunda temporada de DNA do Crime, série brasileira da Netflix, atualmente entre as mais assistidas da plataforma no Brasil e no mundo. Na produção, que teve a sua segunda temporada lançada neste mês, ele dá vida ao personagem Rivotril, novo integrante da Quadrilha Fantasma e alívio cômico em meio à tensão e violência da narrativa.

“Quando recebi a proposta, nem acreditei, porque é uma série de cunho internacional, com uma mega produção, uma das maiores produções brasileiras”, conta, em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato. “Fiquei encantado porque ele entra na Quadrilha Fantasma, que é muito amada pelo público”, comemora. Na série inspirada em crimes reais, agentes federais usam a tecnologia para solucionar um roubo que vai além da fronteira do Brasil. Ela ficou no top 1 do streaming no Brasil por muito tempo, chegando ao top 5 global.

Inspirado em sua própria mãe para compor o personagem, o ator enxerga na figura de Rivotril elementos populares da cultura brasileira. “Ela era o próprio Rivotril: o inimigo do fim, sempre animada, perturbando todo mundo, litros e mais litros de cerveja, churrasco, festa na laje. Peguei muito disso. Apesar de ser um personagem envolvido no crime, ele traz elementos muito brasileiros, muito populares. Isso dá complexidade ao personagem e gera curiosidade para assistir”, revela.

O nome do personagem é associado ao famoso medicamento usado no tratamento de ansiedade. “De cara já vem essa ideia do remédio, que hoje em dia está sendo muito usado no mundo todo, é super conhecido. Mas além disso, tem o apelido desse cara, que é completamente fora da caixinha”, explica. “Rivotril quer viver bem, ostentar, ser feliz, ter dinheiro, as ‘droguinhas’ dele; ele é bem maconheiro”, diz.

Azevedo destaca que buscou trazer leveza a um enredo marcado por imagens fortes. “Todas as cenas dele trazem esse alívio cômico e uma leveza para a série, que nesta temporada está super tensa, com tiro, porrada e bomba o tempo inteiro, várias viradas e muitas mortes”, avalia.

Confira a entrevista completa:

Como foi para você integrar essa nova temporada e dar vida a um personagem tão singular?

Quando recebi a proposta, nem acreditei, porque é uma série de cunho internacional, com uma mega produção – uma das maiores produções brasileiras. Quando chegou o teste do Rivotril, fiquei encantado, porque ele entra na Quadrilha Fantasma, que é muito amada pelo público. Além de ser um dos assaltantes de banco, ele é o alívio cômico. Está sempre próximo ao Isaac, que é o chefe, e vive perturbando. Todas as cenas dele trazem esse alívio cômico e uma leveza para a série, que nesta temporada está super tensa, com tiro, porrada e bomba o tempo inteiro, várias viradas e muitas mortes. Fiquei muito feliz de poder viver esse Rivotril, cujo nome já chega antes mesmo do personagem.

O nome, como você disse, chega antes do personagem. Por quê? O que as pessoas podem esperar de alguém chamado Rivotril?

De cara já vem essa ideia do remédio, que hoje em dia está sendo muito usado no mundo todo, é super conhecido. Mas além disso, tem o apelido desse cara, que é completamente fora da caixinha. Acho ele muito sem noção: está assaltando banco e, na primeira cena, aparece ouvindo um rap muito alto enquanto o chefe tenta planejar o próximo roubo. Sinto que o Rivotril quer viver bem, ostentar, ser feliz, ter dinheiro, as “droguinhas” dele; ele é bem maconheiro. Então carrega toda essa fama.

É um personagem que mistura comédia, tensão e lealdade. Como foi equilibrar todos esses elementos na sua interpretação?

Tive uma experiência muito rica com o grupo, que já vinha da primeira temporada. Entrei como quem chega no segundo semestre de uma escola onde todos já são amigos. Mas me senti muito acolhido. Fizemos uma preparação de elenco muito forte com a Maria, a Laura e a Carol. Parecia uma trupe de teatro: todos juntos, criando e pensando estratégias. Trabalhei muito com o Heitor Dhalia e o Pedro Morelli, que tinham uma escuta muito atenta aos atores. Havia muito espaço para improviso, e fiquei feliz que vários dos meus improvisos entraram na série.

Minha grande inspiração para criar o Rivotril foi minha mãe. Ela era o próprio Rivotril: o inimigo do fim, sempre animada, perturbando todo mundo, litros e mais litros de cerveja, churrasco, festa na laje. Peguei muito disso. Ela é uma figura muito amada onde nós moramos. E é legal porque são elementos com os quais muita gente se identifica. Apesar de ser um personagem envolvido no crime, ele traz elementos muito brasileiros, muito populares. Isso dá complexidade ao personagem e gera curiosidade para assistir.

Para ouvir e assistir

O jornal Conexão BdF vai ao ar em duas edições, de segunda a sexta-feira, uma às 9h e outra às 17h, na Rádio Brasil de Fato98.9 FM na Grande São Paulo, com transmissão simultânea também pelo YouTube do Brasil de Fato.

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