
Um agente socioeducativo foi atacado com golpes de foice pelo vizinho, na tarde da última quinta-feira (26), no bairro Ilha das Flores, em Vila Velha. No momento da agressão, ele carregava o filho de apenas 1 ano no colo. A vítima sofreu ferimentos na perna, no dedo e em outras partes do corpo.
O agente quase teve o dedo decepado. Ele levou seis pontos na mão, quatro na perna e sofreu várias escoriações. A criança também ficou ferida na confusão. “Poderia ter me matado”, disse.
Segundo a vítima, o ataque foi resultado de uma discussão antiga envolvendo o descarte e queima de lixo em um terreno ao lado de sua casa, prática recorrente do vizinho.
Meu instinto, meu reflexo fez com que eu me defendesse a mim e meu filho com as minhas pernas. Ele deu vários golpes de foice, o fatal mesmo, que iria pegar no meu abdômen, eu consegui parar com minhas duas pernas, contou o agente.
O crime aconteceu no meio da rua, em plena luz do dia. De acordo com a vítima, ao pedir para que o vizinho parasse de jogar e queimar lixo no terreno, o homem saiu de casa armado com a foice e começou o ataque.
A Polícia Militar foi acionada, mas o suspeito se escondeu na casa dos pais e não foi localizado. A vítima foi levada ao PA da Glória, onde recebeu atendimento, e registrou o caso na delegacia.
O agente ainda contou que os conflitos com o vizinho são antigos. “A vida dele, durante a madrugada, é ficar supostamente capinando, rastelando, jogando lixo nas portas dos outros, botando fogo, queimando sucata, cobre… Aqui é um ferro-velho. Ele já entrou algumas vezes e cometeu furtos. Em vez de queimar dentro do quintal dele, queima nesse terreno colado à minha casa, destruindo minha casa”, denunciou.
A equipe de reportagem tentou localizar o suspeito e familiares, mas não havia ninguém no imóvel. Segundo os moradores da região, o homem é usuário de drogas, comete pequenos furtos na comunidade e anda constantemente com uma foice na mão.
Depois da tentativa de homicídio, o agente socioeducativo faz um apelo às autoridades: “Eu espero que as autoridades competentes realmente façam o trabalho delas, para tirar esse estereótipo de que não existem leis no nosso país, no nosso Estado”.
A Polícia Civil informou que a vítima registrou boletim de ocorrência na Delegacia Regional de Vila Velha e o caso seguirá sob investigação. Até o momento nenhum suspeito foi detido.
Veja o relato do agente socioeducativo:
Texto sob supervisão da editora Erika Santos, com informações do repórter André Falcão, da TV Vitória/Record