
Vacina contra sarampo é reforçada em cidades de MS após decreto de emergência na Bolívia
Reprodução
O avanço do sarampo na Bolívia, que já soma 119 casos confirmados, fez o país decretar emergência nacional. A situação acendeu o alerta em estados brasileiros, principalmente nas regiões de fronteira. Como forma de apoio, o Brasil enviou 600 mil doses da vacina ao país vizinho.
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Em Corumbá (MS), cidade que faz fronteira com Porto Quijarro, na Bolívia, a vacinação foi intensificada. As doses estão sendo aplicadas até dentro das salas de aula, onde 80% dos estudantes são bolivianos.
“É possível vacinar porque é o melhor para não pegar doença”, disse a estudante Thayane Pannigia, de 14 anos.
Mais de 12 mil doses foram distribuídas em Mato Grosso do Sul para reforçar a vacinação em Corumbá e Ladário.
Até o momento, Mato Grosso do Sul não registrou casos da doença, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. No entanto, estados como Mato Grosso, Acre, Rio Grande do Sul e Paraná já emitiram alerta.
A vacinação contra o sarampo é feita em duas doses para pessoas de 1 a 29 anos. Para quem tem entre 30 e 59 anos, a recomendação é de apenas uma dose.
O Ministério da Saúde também orientou a aplicação da chamada ‘dose zero’ em bebês de 6 a 11 meses em estados com maior risco.
“O sarampo, por ser transmitido pelas vias respiratórias — gotículas da boca e do nariz — tem maior circulação no inverno e na primavera. Adultos jovens são os principais transmissores e, por isso, precisam estar com a vacina em dia. É importante lembrar que gestantes não podem tomar a vacina, pois ela contém o vírus vivo atenuado”, explicou o infectologista Marion Burger.
A auxiliar contábil Maria Madalena Cardoso, que mora em Corumbá e trabalha na Bolívia, levou a família para vacinar.
“Já vim com minha família inteira. Só que eles [filhos] já estavam em dia. Só eu e meu esposo tomamos”, contou.
Transmissão do sarampo
O sarampo é transmitido pelo ar, por gotículas que saem do nariz e da boca. A transmissão aumenta no inverno e na primavera.
Adultos e jovens são os principais responsáveis pela propagação da doença e, por isso, devem manter a vacinação em dia.
Gestantes não devem tomar a vacina, já que ela contém vírus vivos, mesmo que enfraquecidos.
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