A transformação digital, a partir do avanço das fintechs e dos bancos digitais, mudou a forma como as empresas e os consumidores lidam com serviços financeiros. Esse processo está sendo acelerado pela Inteligência Artificial, que agora passa por sua fase de agentes autônomos. Um levantamento interno da Pipefy, plataforma de IA e gerenciamento de processos, mostra que os agentes de IA têm contribuído de forma significativa para a modernização do processo de solicitação de crédito, resultando em uma otimização de até 90%.
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A tecnologia pode atuar de forma autônoma em diferentes etapas da esteira de crédito: desde a coleta de informação e padronização dos dados, passando pela análise da viabilidade financeira, formalização contratual e liberação de recursos. Essa automação de processos não só acelera toda a jornada do cliente durante a solicitação, mas também garante a conformidade com as normas regulatórias do setor, reduzindo o risco de inadimplência e fraudes.
Para Renato Hartz, General Manager BU Finance da Pipefy, uma das maiores dores existentes em quase todas as instituições financeiras é a organização de um fluxo único de liberação de crédito, desde a chegada do cliente até a cobrança. “Em muitos casos, o processo de avaliação de risco e decisão de crédito ainda é demasiadamente manual, tomando muitas horas dos responsáveis. É esse processo que os agentes de IA estão apoiando, proporcionando uma redução de custos operacionais, mitigando riscos e garantindo a segurança das informações”, diz.
Maior eficiência e segurança na esteira de crédito
Com os agentes de IA, as instituições financeiras conseguem automatizar a esteira de crédito de ponta a ponta, sendo possível fazer integrações com qualquer base de dados externa, motores de inteligência de dados e combate à fraude, como BigData Corp e Caf, além de gestores de bancos de dados (bureaus de crédito – GBDs). Esse processo garante uma análise completa e precisa do perfil do cliente, acelerando também o tempo de resposta das solicitações. Além disso, a padronização dos dados e dos critérios de análise proporciona redução de falhas operacionais que podem comprometer a liberação dos recursos e, consequentemente, a instituição financeira.
“Acreditamos que o papel do gestor de crédito mudou significativamente com a chegada da IA nas operações – de operador para estrategista. Os gestores precisam de ferramentas que vão auxiliar os processos, com interface amigável e usabilidade facilitada, que tragam para a esteira de crédito a conexão com qualquer API, ERP e bureaus de dados, utilizando a IA para orquestrar esse fluxo com assertividade e impacto direto no ciclo de crédito”, finaliza Hartz.
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