Ministério Público de SP investiga vereador do MBL por suspeita de ‘abuso de poder’

Membro do Movimento Brasil Livre (MBL) e vereador de São Paulo, Lucas Pavanato (PL) é alvo de inquérito civil do Ministério Público de São Paulo (MPSP) aberto na última terça-feira (15). Tanto o parlamentar quanto seu grupo serão investigados por acessarem “locais como faculdades públicas e casas legislativas para provocar pessoas consideradas oponentes, com gravação de vídeos para publicação em redes sociais”.

A prática é uma marca de Pavanato, que acumula 3,5 milhões de seguidores nas redes sociais e costuma publicar vídeos com recortes de debates em que ridiculariza opositores políticos. Em março de 2025, o parlamentar foi condenado a indenizar uma aluna da Universidade de São Paulo (USP) abordada por ele no campus que teve sua imagem ridicularizada em vídeo. Questionado pelo Brasil de Fato na ocasião, Pavanato disse que a decisão era “um roubo” e que iria “dobrar a quantidade de vídeos nesse sentido”.

Na portaria de instauração do inquérito, o MPSP pede que um levantamento dos vídeos de Pavanato em universidades ou espaços parlamentares atacando opositores políticos para produção de conteúdo seja realizado e salvo, e aponta que o comportamento pode, ao menos em tese, “caracterizar abuso de poder no exercício de seu mandato” e “causar danos ao erário público”. O órgão pede também à Câmara de São Paulo “informações acerca de uso de recursos e bens públicos pelo investigado para a produção de vídeos para nutrir as suas redes sociais”.

Pavanato e MBL têm 15 dias para responder à promotoria sobre objeto do inquérito. Procurado pelo Brasil de Fato, o gabinete do vereador disse, em nota, que “não há qualquer irregularidade a ser investigada” e que sua equipe jurídica “já está adotando as medidas cabíveis para representar formalmente o promotor responsável”, ou seja, abrir uma ação contra o membro do MPSP que instaurou a investigação.

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