A 8º edição do sarau poético Uyelê Oriki das Pretas, ação da Marcha da Negritude Unificada da Paraíba (MNU-PB), homenageia a cantora e compositora paraibana Cátia de França neste sábado (19), às 17h, no Teatro Lima Penante, em João Pessoa. A programação tem entrada gratuita e conta com apresentações musicais, literatura de cordel, Slam e performances teatrais.
“Cátia de França pautou sua vida, arte e contribuição no combate ao racismo, sobretudo das mulheres negras nordestinas a partir da sua música”, salienta, em nota, a professora Lourdes Teixeira, ativista da MNU-PB. Com o tema, “De Kukukaya ao Rastro de Catarina“, o sarau faz referência a trabalhos da compositora.
Uyelê Oriki das Pretas é uma forma de saudar e homenagear mulheres negras que fizerem história. Segundo Lourdes Teixeira, o evento é um tributo. “Antes a gente fazia a homenagem a mulheres negras no geral, em razão do Julho das Pretas. Desde a edição de Carolina Maria de Jesus [que ocorreu em 2023], a gente busca trazer, enaltecer uma artista, uma poeta do cenário das resistências das mulheres negras”, relembra Teixeira.
O evento integra a agenda do 13º Julho das Pretas, que ocorre nacionalmente em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, e ao Dia Nacional de Tereza de Benguela, e este ano mobiliza as amulheres negras para a 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, que acontecerá no dia 25 de novembro, em Brasília (DF).
Quem vai estar presente
Nesta edição, o evento terá as participações da escritora paraibana Edy Justino, que é pesquisadora de narrativas e poesias afro/negro feminina; de Lua, poeta do Slam; da cordelista Claudete Gomes, vice-presidente da Academia de Cordel do Vale da Paraíba; das cantoras Helayne Cristini e Isa; da multiartista Mallu Morena, com uma performance que traz fragmentos do espetáculo Encantos da Jurema, dirigido por Vikto Makeba; da cantora e atriz Rita Black, com Entre a Dor e o Amor Ancestral, também dirigido por Vikto Makeba; da atriz Norma Góes; da advogada Jéssica Souza, que irá falar enquanto profissional do jurídico no enfrentamento ao racismo; e de Andréa Giordano, professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), divulgando o livro Lei 10.639/03: nas encruzilhadas da Educação.
Já a jornalista e artesã Mana Sousa, curadora da Feira Preta Dudù Ite Adajo Aworan, vai contar sobre a sua vivência. “Eu vou fazer uma exposição sobre a minha trajetória enquanto artesã e a minha vivência e luta para a manutenção da Feira Preta Dudù Ite, enquanto instrumento de enfrentamento ao racismo e à inclusão da artesã/ao no mercado empreendedor”, informa ao Brasil de Fato PB. Ela também atua como jornalista voluntária em movimentos sociais.
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