Destaque do g1: Amapá tem 6 mortos em ações policiais em dois dias
Seis mortes por intervenção policial foram registradas entre esta quarta-feira (16) e quinta-feira (17) no Amapá. Os casos foram atendidos pela Polícia Militar (PM), Grupo Tático Aéreo (GTA) e Polícia Civil em Macapá e Porto Grande. A PM declarou que as ocorrências não têm relação com guerra entre facções criminosas no Estado.
Em todas as ações, foram apreendidas drogas e três dos mortos eram considerados pela polícia como peças importantes em organizações criminosas. Sendo um líder de facção e uma dupla era apontada como “executores” do Comando Vermelho.
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A polícia divulgou a identificação de cinco dos seis mortos:
Gabriel Ferreira de Abreu, de 21 anos
Kauan de Oliveira Melo, de 20 anos
Marineto Pereira Martins, de 19 anos
Dheimeson Ribeiro Gonçalves, de 37 anos
Maick Costa Moraes, de 36 anos
Segundo o capitão Emerson Kleiton, porta-voz da PM, Marineto e Dheimeson foram mortos em ações do patrulhamento de rotina das equipes nos bairros do Cidade Nova e Marabaixo, em áreas tidas como periféricas pela segurança pública.
“Essas intervenções policiais não tiveram nenhum tipo de ligação, inclusive as que ocorreram ontem (quinta-feira), duas foram atendidas pelo 6º Batalhão e também pela Patamo. Então, as equipes estavam em patrulhamento normal, patrulhamento de rotina, receberam a denúncia e foram até o local atender a ocorrência, e lá houve o revide da equipe, justamente para resguardar a vida, fez um revide e acabou atingindo o infrator que veio a óbito”, afirmou.
Gabriel Ferreira de Abreu, Kauan de Oliveira Melo e Maick Costa Moraes morreram durante ações da operação Protetor e Amapá Mais Seguro de enfrentamento às organizações criminosas.
Na foto estão: Kauan, Maick, Gabriel e Marineto
Reprodução
Operações policiais no Amapá
A operação protetor faz parte do Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJ). No Amapá, a ação contempla, pela localização, as cidades de Oiapoque, Calçoene, Pedra Branca do Amapari e Laranjal do Jari. Santana.
No Estado ocorre também a operação Amapá Mais Seguro, que conta com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Batalhão de Força Tática atuando nos municípios distantes da capital.
Migração de facções
Uma das linhas de investigação dos órgãos de segurança é que os grupos criminosos estão migrando para o interior do Estado. A estratégia é ampliar a base de atuação das facções em áreas com menor policiamento.
A operação Amapá Mais Seguro foi implementada para realizar o combate nessas regiões.
Segundo a PM, a morte de Maick, em Porto Grande, é fruto desta atuação policial. O suspeito estava sendo investigado como líder de uma facção.
“Essa sim, foi uma ação planejada da instituição. Nós temos uma operação em curso no interior do Estado, que é a operação de enfrentamento ao crime organizado. Então essa operação já ocorre durante um tempo. E o que ela combate? Combate justamente o tráfico de drogas e alguns grupos criminosos que agem no interior do Estado. Então, nós temos no local equipes do Batalhão de Operações Especiais, equipe da Força Tática e também uma equipe de inteligência, que é justamente para repassar as situações para as equipes que estão no policiamento ostensivo”, disse o porta-voz da PM.
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Polícia Militar/Divulgação
Entenda as seis ocorrências
A primeira morte foi registrada na noite de quarta-feira (16) durante uma investigação da Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc) no bairro Nova Esperança, em Macapá.
Os policiais informaram que receberam denúncia de que o local era usado como base para supostamente serem guardadas armas de fogo e drogas para um grupo criminoso.
A identificação deste suspeito não foi divulgada pela Polícia Civil.
Ainda na noite de quarta-feira (16), Gabriel Ferreira de Abreu, e Kauan de Oliveira Melo, morreram durante confronto com policiais GTA, no bairro do Coração, na Zona Oeste de Macapá.
Segundo a polícia, eles eram suspeitos de integrar o Comando Vermelho no Amapá e serem os executores da facção.
A ação policial aconteceu dentro da operação Protetor que busca combater crimes entre os municípios de Macapá e Santana.
Vários ilícitos foram apreendidos pelo GTA com a dupla
GTA/divulgação
Já na manhã de quinta-feira (17) três mortes foram registradas. A primeira foi de Marineto Pereira Martins, suspeito de ameaçar moradores com arma de fogo, morreu durante troca de tiros com uma equipe do 6º Batalhão PM.
A equipe foi acionada após denúncia de que um indivíduo estaria ameaçando moradores e comercializando entorpecentes em uma área de ponte conhecida como Passagem Ana Nery, localizada no bairro do Cidade Nova, na área central de Macapá.
Na Zona Oeste, Dheimeson Ribeiro Gonçalves morreu durante uma troca de tiros com policiais militares no bairro do Marabaixo 3.
Segundo a polícia, a equipe policial Patamo estava em patrulhamento no bairro quando foi abordada por uma pessoa, informando que na Rua Ranolfo de Souza Gato, nas proximidades da área conhecida como “Feirinha”, havia diversos suspeitos armados e que já haviam efetuado disparos de arma de fogo no local.
A polícia informou que o suspeito tinha passagens no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) e era integrante de uma facção criminosa atuante no estado.
O suspeito tinha mandado de prisão em aberto pelo crime de tráfico de drogas, e segundo o boletim de ocorrência, na casa do suspeito estaria ocorrendo o crime de tráfico de drogas com a participação de homens com ficha criminal portando armas de fogo.
Ainda durante a manhã, já na localidade de Nova Colina, zona rural de Porto Grande, Maick Costa Moraes morreu em uma troca de tiros com equipes da PM. Segundo a polícia, Maick ocupava um cargo de liderança em uma facção criminosa no estado.
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