
Cerca de 130 estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), das áreas de Medicina, Fisioterapia, Enfermagem, Farmácia, entre outras, participaram de um curso de qualificação do Corpo de Bombeiros neste sábado (26).
A capacitação teve como objetivo ensinar técnicas de prevenção e resgate em casos de afogamento, além de preparar os futuros profissionais da saúde para agir com rapidez e eficiência em situações de emergência.















Letícia Rezende, estudante de fisioterapia, disse que o aprendizado é muito importante. “Vai ser muito válido, não só como estudante da área da saúde, mas na vida pessoal mesmo. Porque são lugares que a gente frequenta muito, principalmente por morarmos no litoral.”
O treinamento, que ocorreu em duas etapas, combinou teoria e prática. Pela manhã, os alunos receberam aulas teóricas no Quartel do Corpo de Bombeiros, na Enseada do Suá. Já à tarde, os estudantes participaram de atividades práticas na Curva da Jurema, em Vitória.
A ideia veio do professor de Anatomia da Ufes, Carlos Rueff, após ter passado por um treinamento com o Corpo de Bombeiros.
“A gente fala sobre essa parte, mas não tem um foco específico para os afogados. Os índices de afogamento aqui no litoral é muito grande, então, quanto maior o número de pessoas com o conhecimento básico de salvar uma vida, é um bem para a sociedade como um todo.”
A ação foi realizada em parceria com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), e visa transformar os participantes em multiplicadores de boas práticas em ambientes aquáticos.
Prevenção ao afogamento e esclarecimento de mitos
O curso também foi realizado em alusão ao Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento, celebrado em 25 de julho. A data destaca a importância de disseminar conhecimento sobre segurança aquática, já que no Brasil, em média, 16 pessoas morrem afogadas por dia, sendo que a maioria dos casos ocorre em águas doces.
Durante o treinamento, a major Gabriela, especialista em salvamento aquático, abordou pontos essenciais sobre segurança, derrubando mitos sobre o uso de boias e enfatizando o risco de se aproximar de uma pessoa que está se afogando.
“Primeiro coisa é prevenção. O afogamento não é acidente, não acontece por acaso. Tem prevenção! Se você vai na praia sempre busque um local onde tenha a presença de um guarda-vidas. Se presenciar um afogamento, nunca entre em contato físico com o afogado, busque oferecer objetos flutuantes, sempre mantendo uma distância”, alertou a major.
Esta foi a 5ª turma de estudantes qualificada desde o início do curso. Mais de 600 universitários já participaram das edições anteriores.
O treinamento tem mostrado ser uma ação crucial para garantir que os futuros profissionais da saúde estejam preparados para agir com eficiência em situações que envolvem o risco de afogamento, protegendo a vida de muitas pessoas.
*Com informações da reportagem da TV Vitória