Nesta terça-feira (29), milhares de camponeses de Pernambuco participam do Grito da Terra, caminhada reivindicatória no centro do Recife. Vinculados a sindicatos de trabalhadores rurais (STRs) de todo o estado, eles se dirigem ao Palácio do Campo das Princesas, onde esperam apresentar suas demandas em reunião com a governadora Raquel Lyra. A concentração do ato começa às 14 horas, em frente à escola Ginásio Pernambucano.
O protesto é organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (Fetape) e dos assalariados rurais (Fetaepe). Sob o lema agricultura familiar cuida da terra e alimenta o mundo, a caminhada será curta, de apenas 500 metros, não devendo durar mais que 15 minutos.
Resumida na construção do “bem viver” e na busca por justiça social no campo e na cidade, a pauta de reivindicações traz demandas divididas em quatro eixos: acesso a terra; assistência técnica e fomento à produção; agroecologia e mudanças climáticas; e políticas sociais que assegurem cidadania e sustentabilidade para o campo. O protesto também visa denunciar “ataques ao movimento sindical e às conquistas históricas da classe trabalhadora rural”.
Os sindicatos e federações rurais aproveitam a ocasião para defender a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares (Contag), entidade colocada sob suspeição no processo que investiga descontos indevidos nas rendas de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). “Estamos diante de um ataque direto a quem defende os direitos do povo do campo. Não podemos permitir que nos enfraqueçam”, diz Cícera Nunes, presidenta da Fetape, em defesa da entidade mãe.
A trabalhadora rural e dirigente sindical continua. “Sempre atuamos com responsabilidade, seguindo os protocolos legais que garantem a autorização dos descontos das mensalidades associativas dos aposentados e pensionistas. A própria Contag denunciou ao INSS as práticas abusivas e descontos indevidos realizados por terceiros”, assegura Nunes, pontuando que o Grito da Terra de 2025 é também “um chamado à unidade, à solidariedade e à resistência”.
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