Professores do Reda paralisam atividades e protestam por isonomia em Feira de Santana

Manifestação de Professores
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Professores contratados por Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) realizaram, nesta terça-feira (29), um protesto no prédio da Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana. A categoria paralisou as atividades por três dias e reivindica o cumprimento de decisões judiciais e o respeito à legislação federal que assegura isonomia na jornada de trabalho entre os professores efetivos e temporários.

Manifestação de Professores
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

De acordo com a professora Perla Fonseca, os profissionais do Reda enfrentam sobrecarga de trabalho, atuando até 10 horas a mais por semana em comparação aos colegas efetivos.

Manifestação de Professores
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Estamos paralisados aguardando uma resposta do secretário. Nossa luta é pela legalidade e pelo cumprimento da lei”, afirmou.

Manifestação de Professores
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Segundo ela, a mobilização busca pressionar a gestão municipal a responder com urgência às reivindicações da categoria. “Enquanto isso, estamos adoecendo, sangrando em sala de aula”, desabafou.

Já a professora Ariana Lima destacou que há respaldo legal e judicial para a reivindicação.

Manifestação de Professores
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Existe uma lei federal, a 11.738, que garante a todos os professores a reserva de carga horária para planejamento, o que é essencial para a qualidade do ensino. Em Feira de Santana, apenas os efetivos têm esse direito reconhecido”, denunciou.

Ao Acorda Cidade, ela também apontou o descumprimento de três determinações judiciais por parte do município.

“A jornada exaustiva dos professores Reda compromete a saúde e o desempenho profissional. O professor efetivo de 20 horas trabalha 13 horas em sala e tem 7 para planejamento. Nós trabalhamos 18 em sala e apenas duas para as demais atividades. Isso é desigual e ilegal”, disse.

Segundo os próprios professores, a paralisação segue até quinta-feira (31), com os profissionais aguardando uma posição da Secretaria de Educação. Eles não descartam a possibilidade de greve caso não haja avanço nas negociações.

O Acorda Cidade irá solicitar um retorno da Secretaria Municipal de Educação (Seduc).

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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