O Governo de São Paulo lançou recentemente o Siga Fácil Free Flow, um sistema que permite o pagamento pós-uso dos pedágios eletrônicos sem a necessidade de cancelas nas rodovias concedidas do estado. Essa iniciativa representa um avanço importante na adoção desse modelo no Brasil, mas ainda gera dúvidas entre os motoristas sobre seu funcionamento, prazos para pagamento e riscos de multas, que podem chegar a R$195,23, além da aplicação de 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), conforme o Código de Trânsito Brasileiro.
De acordo com levantamento da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), cerca de 450 mil veículos já passaram pelas praças de pedágio com o sistema nas rodovias Rio-Santos (SP-055) e Washington Luís (SP-310) desde o início da operação, em janeiro de 2024. No entanto, a ausência de uma integração nacional entre os sistemas faz com que os motoristas precisem acessar múltiplas plataformas para consultar e efetuar os pagamentos, o que contribui para o aumento da inadimplência e da insegurança jurídica.
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Sobre os desafios e perspectivas para a implantação desse modelo em todo o país, Pedro Hermano, CEO e fundador da Movvia, destaca: “Esse sistema é o futuro das rodovias brasileiras. Ele elimina filas, reduz emissões de CO2 e aumenta a fluidez do tráfego. Mas, sem integração e comunicação clara, o risco de multas e inadimplência cresce muito. O objetivo é dar ao motorista autonomia para gerenciar todos os pagamentos em um único lugar, de forma simples e segura”, afirma.
Além de São Paulo, estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná também têm avançado em projetos similares, enquanto o governo federal publicou a Portaria Senatran nº 442/2025, que estabelece diretrizes para a interoperabilidade do modelo em âmbito nacional. Para Pedro Hermano, a colaboração entre o setor público, concessionárias e empresas de tecnologia será fundamental para consolidar esse sistema como padrão de mobilidade inteligente no Brasil nos próximos anos. “Essa colaboração é essencial para superar os desafios atuais e garantir que o sistema seja uma realidade acessível, integrada e segura para todos os motoristas brasileiros”, reforça o executivo.
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