A International Paper divulgou os resultados do segundo trimestre de 2025, apresentando lucro por ação (LPA) de US$ 0,20, abaixo da previsão de US$ 0,39, uma surpresa negativa de 48,72%. Apesar da queda, a receita atingiu US$ 6,77 bilhões, superando a estimativa de US$ 6,57 bilhões. A reação do mercado foi imediata: as ações recuaram 4,48% no pré-mercado, cotadas a US$ 51,23.
O desempenho do trimestre representou uma queda em relação ao LPA de US$ 0,23 do trimestre anterior. Mesmo diante de desafios macroeconômicos, a companhia obteve aumento de receita, apoiada por vendas sólidas. A estratégia da International Paper segue centrada em ampliar participação na América do Norte e em melhorias operacionais, com destaque para ganhos na pontualidade das entregas.
DESTAQUES FINANCEIROS
- Lucro por ação: US$ 0,20, abaixo da previsão de US$ 0,39;
- Receita: US$ 6,77 bilhões, superando estimativa de US$ 6,57 bilhões;
- Fluxo de caixa livre: US$ 54 milhões no trimestre;
- Ações: queda de 4,48% no pré-mercado, cotadas a US$ 51,23.
O CEO Andy Silvernail reforçou o foco da companhia em sua estratégia 80/20 e na disciplina operacional. “Venceremos na IP através da nossa implementação do 80/20”, afirmou. Ele também destacou: “Estamos comprometidos com uma busca implacável pela excelência comercial e redução de custos para construir uma grande empresa”.
Para o terceiro trimestre, a empresa projeta lucros mais altos, impulsionados por volumes maiores e custos menores. A meta de longo prazo é atingir EBITDA de US$ 6 bilhões até 2027, com previsão de US$ 3,8 bilhões no segundo semestre de 2025. Entre os investimentos em andamento estão uma nova fábrica de embalagens sustentáveis em Salt Lake City e ajustes na reestruturação europeia.
RISCOS E DESAFIOS
A companhia enfrenta custos de US$ 150 milhões devido a problemas de confiabilidade nas fábricas no primeiro semestre. Além disso, o mercado imobiliário norte-americano segue pressionando a demanda por caixas, e a volatilidade macroeconômica na EMEA adiciona incertezas. O fechamento de cinco fábricas no Reino Unido e a venda de três instalações também podem afetar as operações.
Durante a teleconferência de resultados, analistas questionaram as estratégias de investimento e os esforços para melhorar a confiabilidade industrial, além de abordarem o impacto das condições econômicas globais sobre os preços e volumes.
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