
O nome de Donald Trump continua a dominar o cenário político mundial, mesmo com um obstáculo constitucional aparentemente intransponível. A 22ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos é clara: ninguém pode ser eleito presidente mais de duas vezes. Como Trump já serviu um mandato (de 2017 a 2021), ele não pode concorrer novamente. Essa regra existe desde 1951, criada depois que Franklin D. Roosevelt foi eleito quatro vezes seguidas.
No entanto, Trump alimentou especulações. Ele já mencionou publicamente a existência de possíveis “brechas” ou interpretações que, teoricamente, poderiam abrir caminho para uma nova candidatura sua em 2028.
Essa ideia, embora vista com ceticismo por especialistas constitucionais, ganhou algum eco. Um exemplo é o deputado republicano Andy Ogles, que propôs uma mudança no texto da emenda. A proposta de Ogles, se aprovada (o que é considerado altamente improvável), permitiria que uma pessoa fosse eleita até três vezes, mas ainda assim mantendo restrições para quem serve mais de dois anos de um mandato que não era originalmente seu.
O assunto voltou à tona em uma entrevista recente à CNBC, no dia 6 de agosto. Questionado diretamente se planeja concorrer à presidência novamente em 2028, Trump respondeu de forma surpreendentemente direta: “Não, provavelmente não, provavelmente não. Eu gostaria… tenho as melhores pesquisas que já tive”. Ele atribuiu sua popularidade às suas políticas comerciais, como os impostos sobre importações (tarifas) e os acordos comerciais que negociou, afirmando que os americanos apreciam que outros países não estejam mais “passando a perna” nos EUA.
Essa declaração parece contradizer anos de insinuações. Em outras ocasiões, Trump já admitiu receber pedidos “muito fortes” para concorrer novamente em 2028. Chegou a comentar sobre a venda de bonés com o ano “2028”, embora sempre acrescentasse que, “até onde sabe”, não era permitido pela Constituição. Ele frequentemente afirmou que seu foco eram “quatro grandes anos” (referindo-se a um eventual segundo mandato atual) e depois passar o bastão para “alguém idealmente um grande republicano”.
Falando em sucessão, na mesma entrevista à CNBC, quando perguntado sobre quem seria seu candidato ideal para herdar sua posição no futuro, Trump citou imediatamente o seu atual vice-presidente, JD Vance. “Com toda a justiça, ele é o vice-presidente”, disse Trump. “E ele provavelmente seria o favorito neste momento”. Essa declaração é um endosso significativo ao perfil de Vance dentro do movimento político de Trump.
Portanto, a situação atual é esta: a Constituição, pela letra da 22ª Emenda, impede Donald Trump de concorrer novamente. Ele mesmo afirmou recentemente que “provavelmente não” o fará em 2028, apesar de sua popularidade declarada e das insinuações anteriores sobre “brechas”.
Ao mesmo tempo, já apontou seu vice, JD Vance, como um forte favorito para ser o próximo candidato republicano após seu eventual segundo mandato. O jogo de cena político continua, mas a resposta mais explícita até agora sugere que Trump não desafiará a emenda diretamente. A bola agora parece estar com o Congresso (e a proposta de Ogles, remota) e com as ambições de figuras como Vance no horizonte pós-Trump.
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