
Bryan Johnson não é um nome desconhecido para quem acompanha as fronteiras da biohackeação e da longevidade. Aos 47 anos, ele já investiu uma soma impressionante: US$ 2 milhões (mais de R$ 10 milhões na cotação atual) em um projeto pessoal e radical chamado “Blueprint”.
O objetivo declarado? Nada menos do que “conquistar a morte” e reverter o processo de envelhecimento. Seus métodos, porém, frequentemente chamam mais atenção do que seus supostos resultados, e a última novidade é visualmente inconfundível: sua urina adquiriu uma tonalidade azul.
Johnson compartilhou essa mudança peculiar diretamente em suas redes sociais com uma simples declaração: “Minha urina está azul agora”. A explicação está em uma nova adição ao seu já extenso e intenso regime de intervenções: o Azul de Metileno. Ele começou a usar essa substância no dia 5 de agosto.
Mas o que é o Azul de Metileno? Trata-se de um medicamento aprovado pela agência reguladora americana (FDA) com um propósito específico: tratar a metaemoglobinemia. Essa condição, também conhecida como “síndrome do bebê azul”, é um distúrbio sanguíneo raro. Nela, a hemoglobina dentro dos glóbulos vermelhos perde parte de sua capacidade vital de transportar oxigênio pelo corpo.
Um dos sinais mais característicos dessa condição é justamente uma coloração azulada ou arroxeada na pele, unhas ou lábios dos pacientes. Embora possa ser hereditária, frequentemente surge como reação a certos medicamentos, produtos químicos ou drogas recreativas.
O Azul de Metileno funciona ajudando a restaurar a capacidade da hemoglobina de carregar oxigênio. Porém, um efeito colateral bem conhecido é a alteração na cor da urina para um azul ou verde-azulado. É exatamente isso que Bryan Johnson está experienciando.
A razão exata pela qual Johnson, que não tem diagnóstico público de metaemoglobinemia, está utilizando esse medicamento permanece um pouco nebulosa. Quando questionado por um seguidor nas redes sociais sobre o motivo de usar um “corante sintético à base de petróleo”, sua resposta foi enigmática e descontraída: “Fiquei muito emocionado com o filme dos Smurfs”. Ele também brincou, referindo-se ao efeito visual, que se sentia “como se estivesse em Avatar”.
O biohacker, cuja jornada foi documentada no especial da Netflix “O Homem Que Quer Viver Para Sempre”, lançado no início deste ano, afirma que seu rigoroso estilo de vida está trazendo resultados significativos.
Ele declara possuir o “coração de um homem de 37 anos”, a “capacidade pulmonar de alguém com 18” e, em pelo menos um aspecto de sua saúde biológica, índices equivalentes aos de uma criança de dez anos. Seu protocolo diário é intenso: uma dieta extremamente controlada, exercícios físicos regulares, exposição a luzes específicas (luz vermelha, luz livre de UV) e terapia com oxigênio.
A revelação da urina azul coincidiu com outro anúncio. Johnson informou que também iniciou, na mesma semana, um novo protocolo chamado IHHT (Terapia de Hipóxia-Hiperóxia Intermitente). Esse tratamento envolve alternar ciclos de ar com baixo e alto teor de oxigênio. Segundo Johnson, a IHHT promete acelerar a recuperação física, melhorar a função cognitiva, aumentar a contagem de glóbulos vermelhos, reparar vasos sanguíneos e, como objetivo final de todo o seu projeto, desacelerar a velocidade do envelhecimento.
O projeto Blueprint de Bryan Johnson continua a desafiar convenções e a gerar curiosidade, agora com um marcador visual bastante literal de suas experimentações de fronteira. A urina azul é apenas o capítulo mais recente – e mais colorido – dessa busca incomum por uma vida radicalmente prolongada.
Esse Biohacker que gasta $ 2.000.000 para “viver para sempre” revela motivo chocante pelo qual sua urina agora está azul foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.