Jornada de Agroecologia em Curitiba promove plebiscito por fim da escala 6×1 e taxação de ricos

A Jornada de Agroecologia, que ocorre no Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, também é um dos locais de votação do Plebiscito Popular que coleta a opinião da população sobre o fim da escala de 6×1 e a taxação do super-ricos no Brasil. A jornada ocorre até domingo. Já as votações no plebiscito estarão abertas até 7 de setembro em diversos pontos do país.

A votação é promovida pela Frente Brasil Popular e pelo Povo Sem Medo. É esperada a participação de cerca de 10 milhões de pessoas. A ideia é que o resultado dela seja encaminhado ao governo, Congresso e Judiciário neste ano.

A Jornada de Agroecologia realizou nesta sexta-feira (8) um debate sobre a votação. Para Igor Felippe Santos, membro da coordenação nacional do plebiscito, ele servirá que registrar a vontade popular sobre a criação de um projeto soberano de país, pautado pela divisão igualitária das riquezas nacionais e proteção aos mais pobres.

“Precisamos criar uma unidade popular para pressionar as autoridades e a classe dominante”, disse ele, na jornada. “O plebiscito vai ajudar a organizar essa luta.”

Santos lembrou que plebiscitos populares fazem parte do histórico de mobilização popular no Brasil: em 1999, uma votação desse tipo discutiu a dívida externa no Brasil; em 2022, ajudou a barrar a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca); em 2007, discutiu a privatização da Vale do Rio Doce e outras privatizações no país; em 2010, sobre o limite de propriedade de terra; e em 2014, sobre assembleia constituinte exclusiva para o debate do sistema político nacional.

Segundo Santos, plebiscito como esses serviram para pautar discussões importantes para as classes populares no país. Sem eles e sem mobilização, o sistema político nacional tende a atender os interesses dos mais ricos e poderosos.

Bruna Zimpel, membro da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), disse que o plebiscito tem relação estreita com as pautas dos sem-terra. Lembrou que os mais ricos do Brasil também são os maiores donos de terras. Segundo ela, o movimento está mobilizado para promover a votação.

Já existem no Congresso projetos para a discussão do fim da jornada 6×1, este elaborado pela deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), e para taxação de super-ricos, enviado pelo governo.

O projeto do governo quer isentar do Imposto de Renda (IR) trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês, compensando a isenção com o aumento do tributo sobre aqueles que ganham mais de R$ 600 mil por ano – o equivalente a R$ 50 mil por mês.

A taxação dos mais ricos seria feita por meio de um novo imposto, cuja alíquota vai variar entre zero e 10% para quem ganha entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão por ano. A mudança afetará 141,4 mil contribuintes, 0,13% do total de declarantes no país, 0,06% da população brasileira.

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