Pianista capixaba de 9 anos é premiada na Europa e sonha em tocar em Nova Iorque

Marina Brandão já conquistou nove prêmios (Foto: Divulgação)

A pianista capixaba Marina Brandão, de apenas 9 anos, vem se destacando no cenário internacional da música erudita. Em julho, a jovem conquistou o primeiro lugar no Concurso Santa Cecília, em Portugal, e o segundo lugar no Concurso Internacional de Piano Maria Herrero, na Espanha.

As premiações aconteceram durante uma turnê pela Europa, que incluiu participação no Concerto de Gala, no histórico Monestir de Pedralbes, em Barcelona, reunindo jovens talentos de vários países.

Sem músicos na família, Marina começou aos 7 anos e meio na Escola Gabriel Camargo, sob orientação da professora Janne Gonçalves. O progresso foi rápido: em apenas dois meses, completou três livros de iniciação e iniciou o repertório erudito. Com nove meses de aulas, participou do seu primeiro concurso nacional.

Hoje, com pouco mais de dois anos de estudo, já acumula nove prêmios — três nacionais e seis internacionais — e convites para se apresentar em Oxford, Nova Iorque, Barcelona, Girona, Granada e Porto.

A mãe, Larissa Bustamante, conta que, mesmo tão nova, Marina encara o palco com coragem, mas ressalta que o reconhecimento é fruto de muito trabalho.

Ela sente a música de forma muito expressiva e transmite emoção. É sensível, lê bastante, e isso aparece na interpretação. Claro que, como em qualquer área de alta performance, há muito esforço e dias difíceis, mas também momentos de glória. Recentemente, em Granada, jurados elogiaram a ‘elegância’ da música dela e a incentivaram a continuar nesse caminho.

Rotina de artista

A rotina da pianista inclui prática diária de duas a quatro horas, além de atividades escolares e esportivas. Mesmo em viagens, o hábito é mantido, adaptando os horários conforme a programação.

“Talento é importante, mas sem dedicação diária não se chega longe. O apoio familiar é fundamental: no caso da Marina, a mãe acompanha, organiza horários, viaja com ela e está sempre presente”, observa Janne.

A professora reforça que o segredo para se destacar na música erudita é a persistência e a resiliência.

Muitas vezes, quem chega lá não é o mais talentoso, mas o mais constante. É preciso estudar todos os dias, vencer limites e entender que ninguém nasce pronto: é um processo de construção. É como plantar uma semente e cuidar até florescer.

Sonhos de adulto

Marina sonha em tocar em uma das salas de concerto mais famosas do mundo (Foto: Divulgação)

Marina sonha alto e toca de tudo: música brasileira, estrangeira, barroca, clássica, romântica e moderna. Apesar da pouca idade, já sabe onde mirar: tocar no Carnegie Hall, em Nova Iorque, uma das salas de concerto mais famosas e prestigiadas do mundo.

“Esse é o sonho de qualquer pianista! Ela também quer continuar se apresentando no exterior. O reconhecimento internacional é muito difícil, especialmente para brasileiros na música erudita, e cada conquista dela merece valorização”, afirma a mãe.

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