
Ana Pink, influenciadora alvo de ação na Justiça de Ribeirão Preto (SP)
Tiago Aureliano/EPTV
A influenciadora Ana Pink, condenada por lavagem de dinheiro e organização criminosa, foi levada para a cadeia depois de descumprir as condições da prisão domiciliar em Ribeirão Preto (SP). Até a última atualização desta reportagem, os detalhes desse descumprimento não haviam sido divulgados.
Em abril de 2023, Ana e o ex-marido, o empresário Maiclérson Gomes da Silva, foram condenados por envolvimento em esquema fraudulento de empréstimos consignados para lavar dinheiro e obter, ilegalmente, mais de R$ 10 milhões (veja mais abaixo).
Por ter um filho pequeno, Ana Pink cumpria a pena em casa. Com a revogação desse direito, porém, ela foi presa na tarde desta quinta (14) e, após audiência de custódia, levada nesta sexta-feira (14) para a penitenciária de Ribeirão Preto, onde cumprirá prisão preventiva.
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Em nota, a defesa de Ana Pink disse que a revogação da prisão domiciliar foi recebida com surpresa e informou que as medidas jurídicas cabíveis estão sendo adotadas para reverter a decisão.
Maiclerson, por sua vez, chegou a ser preso, mas conseguiu liberdade condicional em abril deste ano mediante o cumprimento de medidas cautelares como encontrar um trabalho em 90 dias, não mudar de endereço – a casa dos pais em Batatais – e permanecer em casa das 21h às 6h.
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Esquema de lavagem de dinheiro
Ana Pink e Maick foram condenados a nove anos de prisão em abril de 2023 por envolvimento em esquema fraudulento de empréstimos consignados para lavar dinheiro e obter, ilegalmente, mais de R$ 10 milhões. Em maio deste ano, no entanto, a Justiça aumentou a pena para 13 anos de prisão. Eles negam os crimes.
As investigações começaram após denúncia do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em 2022, que apontou:
operações bancárias em nome de terceiros
aquisição de dados indevidos no sistema previdenciário por meio de hackers
saques em valores expressivos
movimentações incompatíveis com a renda declarada
Segundo as investigações, o casal fechava contratos em nomes de terceiros sem o consentimento deles. Ao menos 360 mil pessoas tiveram dados pessoais expostos pelo esquema criminoso.
Para isso, o Gaeco apontou que eram obtidas informações sigilosas de beneficiários do sistema previdenciário por uma empresa de software no Vale do Paraíba, que invadiu e explorou a base de dados do INSS.
Essas planilhas compradas por Ana Pink, segundo as autoridades, continham dados como tipo de benefício a receber, existência de eventuais impedimentos, limites para empréstimos, banco e conta em que o pagamento é feito.
Esse mesmo tipo de dado, de acordo com as denúncias, também era obtido por programas-robôs, desenvolvidos por outro investigado, que permitiam a invasão remota do sistema previdenciário
Segundo as autoridades, entre agosto de 2020 e março de 2021, informações sensíveis de mais de 360 mil beneficiários foram extraídas e destinadas aos envolvidos.
No dia da prisão de Ana Pink e Maick, também foram apreendidos documentos e extratos bancários. Além disso, a Justiça bloqueou os bens avaliados em R$ 114 milhões do casal e de outros suspeitos.
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