Reunião entre Trump e Putin termina sem acordo
Para quem foi ameaçado na véspera da reunião de cúpula com consequências severas se não interrompesse a sua guerra na Ucrânia, Vladimir Putin deixou o Alasca sem apresentar nada palpável que pudesse indicar a perspectiva de um acordo de paz.
Mas saiu essencialmente legitimado por Donald Trump.
Recebido com tapete vermelho e aplausos na Base Conjunta Elmendorf-Richardson, o presidente russo soube retribuir e pareceu manejar com maestria o xadrez da bajulação para seduzir o colega americano.
Procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra, Putin obteve algo precioso do encontro com o presidente dos EUA: prestígio e tempo hábil para livrar-se da aplicação de tarifas e sanções à economia russa.
Tirou proveito da aproximação com o presidente dos EUA para minar as suas relações com líderes europeus, advertindo-o para que não deixe que sabotem as negociações de paz.
Em certo momento, Putin reforçou a tese criada na imaginação de Trump de que a invasão da Ucrânia não teria ocorrido se fosse ele o presidente dos EUA, em vez de Joe Biden. Dedilhou a música perfeita para os ouvidos do presidente americano, conforme resumiu o comentarista David Axelrod, da CNN.
E ainda deu a deixa para que Trump repetisse falsamente que as eleições de 2020 foram roubadas e assegurasse que não houve interferência russa no pleito de 2016.
Ambos insistiram em ressaltar o caráter produtivo do encontro de três horas em Anchorage, mas não revelaram qualquer resultado concreto; apenas entoaram vagas declarações. “Não há acordo até que haja acordo”, nas palavras de Trump, ou “É um ponto de partida para a resolução do conflito”, de acordo com Putin.
O presidente dos EUA jogou a responsabilidade pela solução do fim do conflito nas costas do presidente da Ucrânia, com quem se encontrará na segunda-feira em Washington, e antecipou que o aconselhará a fechar um acordo de paz.
“Cabe agora ao presidente Zelensky fazer isso. A Rússia é uma potência muito grande e eles não são. Eles estão lutando contra uma grande máquina de guerra”, afirmou, mais tarde, ao âncora Sean Hannity, da emissora Fox News.
Mais uma vez, Trump demonstrou, sem pudor, estar alinhado ao russo em sua saga para obter a paz no país europeu que há três anos e meio teve a soberania invadida.
Para quem foi ameaçado na véspera da reunião de cúpula com consequências severas se não interrompesse a sua guerra na Ucrânia, Vladimir Putin deixou o Alasca sem apresentar nada palpável que pudesse indicar a perspectiva de um acordo de paz.
Mas saiu essencialmente legitimado por Donald Trump.
Recebido com tapete vermelho e aplausos na Base Conjunta Elmendorf-Richardson, o presidente russo soube retribuir e pareceu manejar com maestria o xadrez da bajulação para seduzir o colega americano.
Procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra, Putin obteve algo precioso do encontro com o presidente dos EUA: prestígio e tempo hábil para livrar-se da aplicação de tarifas e sanções à economia russa.
Tirou proveito da aproximação com o presidente dos EUA para minar as suas relações com líderes europeus, advertindo-o para que não deixe que sabotem as negociações de paz.
Em certo momento, Putin reforçou a tese criada na imaginação de Trump de que a invasão da Ucrânia não teria ocorrido se fosse ele o presidente dos EUA, em vez de Joe Biden. Dedilhou a música perfeita para os ouvidos do presidente americano, conforme resumiu o comentarista David Axelrod, da CNN.
E ainda deu a deixa para que Trump repetisse falsamente que as eleições de 2020 foram roubadas e assegurasse que não houve interferência russa no pleito de 2016.
Ambos insistiram em ressaltar o caráter produtivo do encontro de três horas em Anchorage, mas não revelaram qualquer resultado concreto; apenas entoaram vagas declarações. “Não há acordo até que haja acordo”, nas palavras de Trump, ou “É um ponto de partida para a resolução do conflito”, de acordo com Putin.
O presidente dos EUA jogou a responsabilidade pela solução do fim do conflito nas costas do presidente da Ucrânia, com quem se encontrará na segunda-feira em Washington, e antecipou que o aconselhará a fechar um acordo de paz.
“Cabe agora ao presidente Zelensky fazer isso. A Rússia é uma potência muito grande e eles não são. Eles estão lutando contra uma grande máquina de guerra”, afirmou, mais tarde, ao âncora Sean Hannity, da emissora Fox News.
Mais uma vez, Trump demonstrou, sem pudor, estar alinhado ao russo em sua saga para obter a paz no país europeu que há três anos e meio teve a soberania invadida.