Prédio da UEMG será leiloado para pagar dívida trabalhista de antigos proprietários em Passos, MG


Prédio da UEMG será leiloado para pagar dívida trabalhista de antigos proprietários
Alunos e servidores da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), em Passos (MG), estão preocupados com o anúncio de que um dos prédios da instituição será leiloado para pagar uma dívida trabalhista dos antigos proprietários do imóvel. O leilão está marcado para 2 de setembro.
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Segundo o vice-diretor da UEMG Passos, Vinícius de Abreu D’Ávila, a decisão judicial é referente a uma ação de 2014, quando o prédio ainda pertencia a uma faculdade privada.
“No momento em que se tornou pública, em 2014, os imóveis não foram incorporados de imediato à UEMG. As dívidas trabalhistas passaram a ser do Estado, enquanto o imóvel passou à Universidade. Hoje há determinação judicial para o leilão de um dos nossos imóveis para o pagamento dessa dívida”, disse.
Prédio da UEMG será leiloado para pagar dívida trabalhista de antigos proprietários em Passos
Reprodução EPTV
O prédio, de mais de 3,5 mil metros quadrados, tem valor estimado em R$ 12 milhões. A dívida trabalhista é de cerca de R$ 300 mil. Após o pagamento, o restante do valor deverá ser destinado ao governo do Estado.
Segundo a UEMG, o imóvel foi penhorado em 2017, quando ainda estava em nome da Fundação de Ensino Superior de Passos (Fesp). “Só pode ser leiloado este imóvel porque é o único penhorado”, explicou D’Ávila.
A universidade afirma que já investiu cerca de R$ 30 milhões no prédio, onde foram montados laboratórios e funciona o Laboratório Escola, que oferece serviços gratuitos à população, como testes rápidos.
“Se isso acontecer, vamos perder um dos blocos mais importantes. Não temos outros espaços e alugamos alguns blocos. Vai ser muito ruim para a UEMG, para Passos e para a região”, afirmou o diretor acadêmico Hipólito Ferreira Paulino Neto.
Prédio da UEMG será leiloado para pagar dívida trabalhista de antigos proprietários em Passos
Reprodução EPTV
Os estudantes também demonstram preocupação. “Se acontecer essa venda, vamos ter um grande atraso. Muitas linhas de pesquisa e atendimentos regionais podem ser interrompidos”, disse o estudante de enfermagem Lucas Eduardo Valério.
“O AMBES é uma referência na região. É importante para nós e para a população, não podemos perder”, completou Marcela Yuri Reis Kimura, aluna de enfermagem.
A 2ª Vara do Trabalho de Passos informou, por meio de nota, que uma audiência de conciliação entre as partes está marcada para 27 de agosto. Caso haja acordo, o leilão poderá ser suspenso.
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