Alerta: enorme fenda de 1.000 km pode causar terremoto massivo

enorme fenda de 1.000 km pode causar terremoto massivo

Sabe aquelas linhas que parecem cicatrizes na crosta terrestre? São as falhas geológicas. Elas se formam onde as placas tectônicas, os grandes blocos que formam a superfície do nosso planeta, se encontram e se pressionam. Esse movimento constante gera tensão nas rochas, criando essas fraturas. E assim como as próprias placas, essas falhas podem ser a origem de terremotos poderosos.

Uma dessas falhas, chamada Falha Tintina, está chamando a atenção dos cientistas. Ela é enorme, se estendendo por impressionantes 1000 quilômetros, cruzando a fronteira do nordeste do Canadá com o Alasca. Por muito, muito tempo, os geólogos acreditaram que esta falha estava completamente adormecida, sem representar nenhum risco.

Essa visão mudou radicalmente. Um estudo recente, publicado na importante revista científica Geophysical Research Letters, revelou dados preocupantes. Pesquisadores liderados por Theron Finley, da Universidade de Victoria, no Canadá, analisaram minuciosamente informações topográficas da região.

A descoberta principal é clara: a Falha Tintina não está dormindo. Ela está ativa e, o que é mais crítico, está acumulando tensão de forma constante. Essa energia armazenada precisa ser liberada em algum momento, e quando isso acontecer, o resultado será um terremoto.

Embora terremotos pequenos, entre magnitude 3 e 4, tenham sido detectados ao longo da falha nas últimas décadas, nada indicava seu potencial para grandes rupturas. O novo trabalho de Finley e sua equipe altera essa percepção. Eles identificaram uma seção específica da falha, com cerca de 130 quilômetros de extensão, que demonstra atividade há aproximadamente 2,6 milhões de anos.

O dado mais alarmante vem do contraste com o passado geológico mais recente. Evidências sugerem que, nos últimos 12.000 anos, essa parte da Falha Tintina esteve relativamente quieta. Doze milênios de aparente calmaria significam, na verdade, que uma quantidade imensa de energia está sendo acumulada, presa entre as rochas.

As falhas geológicas normalmente ocorrem ao longo dos limites das placas tectônicas

As falhas geológicas normalmente ocorrem ao longo dos limites das placas tectônicas

Os cálculos da equipe são precisos: a falha está acumulando entre 0,2 milímetros e 0,8 milímetros de tensão por ano. Parece pouco? Multiplique isso pelos 12.000 anos de aparente inatividade. O resultado é um “déficit de deslizamento” colossal, estimado em cerca de 6 metros. É como uma mola gigantesca sendo comprimida lentamente, mas sem parar.

O que acontece quando essa mola finalmente solta? Finley é direto: “Determinamos que futuros terremotos na falha Tintina podem exceder magnitude 7,5”. Ele ainda aponta que a falha pode estar “num estágio relativamente tardio de seu ciclo sísmico”, indicando que a liberação dessa energia acumulada pode estar mais próxima do que se imaginava.

O epicentro potencial desse grande terremoto estaria próximo a Dawson City, uma cidade canadense no território de Yukon, com cerca de 1.600 habitantes. Um tremor dessa magnitude teria impactos significativos na região. Para entender a força, pense em terremotos recentes: o que atingiu a península de Noto, no norte do Japão, em 2024, teve magnitude 7,5. Outro, na Indonésia em 2018, também atingiu magnitude 7,5. Esses eventos causaram grandes destruições e milhares de mortes.

A Falha Tintina, antes considerada um gigante adormecido e inofensivo, mostrou sinais de que está acordando. A vigilância contínua e mais estudos são essenciais para entender melhor os riscos que essa longa cicatriz no solo norte-americano pode representar. O norte do continente precisa estar atento aos movimentos dessa rachadura colossal.

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