
Uma foto impressionante circula novamente na internet. Milhares de carros da Audi, reluzentes, estão parados, imóveis, sob o sol implacável de um deserto americano. A imagem, compartilhada em plataformas como o Reddit, gerou reações variadas. “Para que alguém realmente usa o deserto mesmo?”, brincou um internauta. Outro comentou, com ironia: “Isso é muito melhor para o meio ambiente.”
A cena surreal tem um motivo muito específico e um nome famoso: Dieselgate. Tudo começou em 2015. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) fez uma descoberta chocante. A Volkswagen, gigante automotiva alemã, havia instalado um software fraudulento em milhões de seus veículos a diesel.
Esse software era um “dispositivo de derrota”. Ele detectava quando o carro estava passando por testes oficiais de emissões em laboratório. Nesses momentos, ativava controles de poluição rigorosos. O resultado? Os carros passavam nos testes, aparentando estar dentro dos limites legais de poluentes, como o óxido de nitrogênio.
Porém, nas ruas, nas condições normais de direção, o software desligava esses controles. Os motores liberavam até 40 vezes mais óxido de nitrogênio do que o permitido. Esse gás é um poluente perigoso, ligado a problemas respiratórios e formação de smog.

Em 2015, ativistas protestaram por ar limpo e por uma solução para o escândalo do dieselgate fingindo estar sufocados com sacos plásticos sobre a cabeça no Conselho Europeu, em Bruxelas, Frederik
A fraude não ficou restrita apenas à marca Volkswagen. A empresa também é dona da Audi e da Porsche. Logo, modelos dessas marcas de luxo também tinham o software fraudulento. Carros populares como o Golf e modelos premium como a Audi A3 e o Porsche Cayenne estavam envolvidos. No total, cerca de 11 milhões de veículos em todo o mundo usavam o dispositivo.
Quando a verdade veio à tona, o escândalo foi colossal. A Volkswagen enfrentou multas pesadíssimas, ações judiciais e uma perda gigantesca de confiança. Os custos totais para a empresa ultrapassaram a marca dos 36 bilhões de dólares.
Mas o que fazer com tantos carros proibidos de circular nos EUA? A solução temporária foi o deserto. Milhares de Volkswagens, Audis e Porsches retirados do mercado americano foram estacionados em um local específico: o deserto de Mojave, próximo a Victorville, na Califórnia. O clima seco e as vastas áreas planas ofereciam um “estacionamento” temporário ideal.
A Volkswagen explicou a situação. Um porta-voz declarou que o local em Victorville era usado para “garantir o armazenamento responsável dos veículos recomprados”. Esses carros eram mantidos em espera, sob manutenção rotineira, aguardando uma decisão sobre seu futuro.
Esse futuro envolveu um grande trabalho. Muitos desses veículos foram posteriormente “retrofitados”. Eles receberam modificações técnicas reais em seus sistemas de emissões. O objetivo era torná-los, de fato, compatíveis com as normas ambientais. Só após essa atualização e a devida aprovação das autoridades americanas, alguns puderam retornar ao mercado ou ser exportados.
A imagem dos carros de luxo no deserto permanece como um registro visual poderoso. Ela simboliza um dos maiores escândalos corporativos e ambientais da indústria automotiva moderna. Uma fraude que saiu extremamente cara e deixou uma marca literal na paisagem.
Esse O motivo perturbador pelo qual milhares de Audis ficaram abandonados em um deserto após escândalo de US$ 36.000.000.000 foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.