Líderes de diversos países e entidades europeias vão acompanhar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, nesta segunda-feira (18).
Fazem parte da comitiva o presidente da França, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, o chanceler alemão, Friedrich Merz, a primeira ministra italiana, Giorgia Meloni e o presidente da Finlândia e Alexander Stubb. Também estarão presentes a chefe da União Europeia, Ursula von der Leyen e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte.
A reunião, que havia sido anunciada inicialmente apenas entre Trump e Zelensky, tem como meta tratar sobre o fim da guerra na Ucrânia. O encontro foi agendado logo após a reunião entre o chefe da Casa Branca e o presidente da Rússia, Vladmir Putin, no Alasca, na última sexta-feira.
Os líderes europeus querem reforçar o apoio à Ucrânia. Eles afirmam que não é possível haver negociação sobre o fim do conflito sem a participação de Zelensky e que agora querem assegurar apoio aos ucranianos nesta fase de negociação.
Neste domingo (17), os líderes europeus se encontraram com Zelensky durante a chamada “Coalizão dos Dispostos”, iniciativa que reforça o apoio à Kiev.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recebeu o líder ucraniano em Bruxelas e afirmou que continua a “cooperação para alcançar uma paz justa que respeite os interesses vitais de segurança da Ucrânia e da Europa”. Ela afirmou que manterá seu apoio á Ucrânia “o tempo que for necessário” e que as “fronteiras não podem ser alteradas”. A declração foi feita em coletiva de imprensa, ao lado do líder ucraniano, neste domingo (17).
Além disso, a líder europeia garantiu que a União Europeia permanecerá ampliando o arsenal da Ucrânia, sobretudo com o reforço de drones.
Zelensky descartou qualquer possibilidade de ceder territórios e disse que apenas Ucrânia e Rússia, com mediação dos Estados Unidos, podem tratar deste tema. Segundo ele, é essencial a unidade europeia para evitar mais mortes no conflito.
Essa posição, no entanto, é divergente do que é defendido por Trump. O presidente dos EUA é a favor de que a Ucrânia ceda áreas como Donetsk e Lugansk para a Rússia, consideradas pelo líder estadunidense como “uma potência”. Kiev e países europeus rejeitaram a proposta.
Na rede social X, o presidente da França, Emanuel Macron, afirmou que o país permanece “firmemente ao lado da Ucrânia”. Afirmou que a França continuará colaborando com as negociações entre Trump e Zelensky, e que “qualquer paz duradoura deve ser acompanhada de garantias de segurança inabaláveis”.
Após encontro sem grandes resoluções no Alasca, na sexta-feira (15), Trump e Putin saíram satisfeitos com a evolução do diálogo.
“Tivemos conversas produtivas. Temos boas chances de alcançar a paz. Ainda não há acordo, mas as chances são altas”, disse Donald Trump na coletiva de imprensa conjunta. Ele declarou estar pronto para se reunir com o presidente russo novamente em breve.
Putin, por sua vez, afirmou que a solução do conflito russo-ucraniano era o tema central das negociações. Segundo ele, a Rússia está pronta para trabalhar para garantir a segurança da Ucrânia. O presidente russo expressou esperança de que os entendimentos alcançados com Donald Trump abram caminho para a paz.
Trump ainda não se manifestou sobre a presença da comitiva europeia na reunião desta segunda-feira. Da última vez que Zelensky esteve na Casa Branca, Trump acusou o líder ucraniano de “jogar com a 3ª guerra mundial” e encerrou a reunião abruptamente.
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