Em entrevista à TI Inside durante o AWS Summit, Maurício Fernandes, CEO da Dedalus, destacou que a inteligência artificial generativa (GenAI) está no centro da transformação digital atual, respondendo por 80% das novas vendas da companhia. Para ele, o uso da tecnologia vem impulsionando uma revisão estrutural em áreas como plataformas de dados, segurança e governança de custos. “O estranho hoje é não ter GenAI nas despesas. As empresas mais conscientes estão arrumando a casa para usar a tecnologia de forma consistente”, afirmou.
Retorno ao on-premise e erros na adoção da nuvem
Segundo o IDC, cresce o número de empresas que estão revertendo workloads da nuvem para ambientes on-premise, o movimento indica que 42% das companhias fizeram essa mudança nos últimos 12 meses. O principal motivo é o alto custo operacional. “Algumas voltam para começar de novo, mas isso significa um passo atrás na transformação digital. Fazer GenAI on-premise é muito mais complexo e caro”, avaliou.
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O executivo compara erros na adoção da nuvem ao uso de um computador apenas como substituto de uma máquina de escrever, sem explorar seu potencial. “Quando você leva seu ambiente complexo para a nuvem sem repensar arquitetura e processos, o custo explode. É preciso extrair valor adicional para justificar o investimento.”
Governança de custos como tendência
Fernandes alerta que a governança de custos será um desafio central também para a IA. Ele citou casos em que projetos-piloto com custo de US$ 10 saltaram para US$ 5 mil mensais após serem disponibilizados para uso aberto. “É muito fácil desperdiçar dinheiro com GenAI. Precisamos definir boas práticas, arquiteturas e processos de aprovação para controlar o consumo.”
Visão para o futuro
Para o CEO da Dedalus, os próximos anos trarão mais clareza sobre onde e como aplicar a IA de forma eficiente, superando o hype inicial. “Não é tudo que precisa de GenAI. A inteligência artificial tradicional ainda resolve muita coisa melhor. Vamos ver mais maturidade e menos desilusão no mercado.”
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