
A capixaba Anna Moscon mora há cinco anos nos Estados Unidos e acompanha de longe o crescimento da sobrinha Laura, de apenas um ano, que vive em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, a bebê surpreende ao chamar por “titia” durante uma ligação de vídeo.
Em um dos vídeos compartilhados por Anna nas redes sociais, a pequena aparece reagindo a uma chamada de vídeo. Incentivada a falar “titia”, a criança surpreende ao repetir a palavra, emocionando a família. O registro ganhou repercussão nas redes e até foi reproduzido por veículos de imprensa, como a TV Record Espírito Santo.
A mãe da menina, Aline, explica que Laura convive com duas tias: Anna, que mora nos Estados Unidos, e Amanda, que vive em Cariacica, na Grande Vitória.

Na verdade, a voz do vídeo é da titia Amanda, mas quem postou foi a Anna, que mora fora. Ela só conheceu a Laura pessoalmente uma vez, quando a bebê tinha quatro meses. Já a Amanda consegue vê-la uma vez por mês, quando visitamos minha mãe em Cariacica.
Aline Moscon
Para diminuir a saudade, a família afirma que usa muito as chamadas de vídeo e os grupos de família. “A Laura adora: chega a apontar para o celular pedindo para ver a vovó e as titias”, contou a mãe.
Veja o momento fofura:
Como funciona essa distância?
Anna conta que deixou o Brasil em busca de melhores condições de vida, mas que a distância da família é um dos aspectos mais difíceis do processo de imigração.
Conheci minha sobrinha quando ela já estava com quatro ou cinco meses. Esse é um dos sentimentos mais pesados de viver fora: ver a vida da família seguir de longe. É duro acompanhar o crescimento dela só pela tela do celular.
Anna Moscon
Anna reconhece que, por mais que a internet ajude a manter o contato, nada substitui a presença física. Para ela, a tecnologia é um alívio, mas também traz dor, já que a vida passa e os momentos não podem ser recuperados.
Confira o momento em que Ana chegou de surpresa no Brasil para conhecer a sobrinha:
Identificação de outros imigrantes
Após a publicação do vídeo, Anna começou a receber mensagens de outros brasileiros que também vivem longe da família. Muitos relataram a dor de não acompanhar de perto o crescimento de sobrinhos e netos.
Não imaginei que fosse ter tanta repercussão. Foi só um registro simples que emocionou porque mostra um lado muito comum da vida de quem emigra: a saudade. Acabei encontrando muitas pessoas que se identificaram com essa realidade.
Anna Moscon
Enquanto não pode retornar ao Brasil, Anna segue construindo sua relação com a sobrinha de forma virtual, entre telas e chamadas de vídeo.
Do outro lado, a pequena Laura, ainda sem entender a distância, continua pedindo para falar com a “titia” que mora longe.