Esquerda prepara manifestações de rua para o dia 7 de setembro em Minas Gerais

Defesa da soberania e da democracia, isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe salário de até R$ 5 mil por mês, fim da escala 6×1 e taxação dos super-ricos são algumas das pautas que devem ganhar as ruas do país no dia 7 de setembro, quando é comemorada a independência do Brasil. 

A mobilização nacional foi convocada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e se soma ao Grito dos Excluídos, tradicional manifestação popular que acontece anualmente na data e, neste ano, leva o lema “Cuidar da Casa Comum e da democracia é luta de todo dia”. Em Belo Horizonte, a concentração do protesto começa às 9h, na Praça Raul Soares, que fica no centro da capital mineira. 

Na mesma data, bolsonaristas também devem ir às ruas, em meio ao processo de finalização do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Juristas apontam que, diante da robustez das provas, o ex-presidente, que já está em prisão domiciliar por descumprir determinações da Corte, deve ser condenado. 

Membros de movimentos populares, sindicatos e partidos políticos acreditam que a presença da esquerda nas ruas em 7 de setembro será essencial para contrapor o golpismo e demarcar quais são os reais interesses da população. 

“É fundamental estarmos ativos no lugar onde a política acontece de verdade, no olho a olho com as pessoas. Queremos fazer uma manifestação grande, assim como fizemos quando Donald Trump anunciou o tarifaço contra o Brasil, em defesa do nosso país. Temos capacidade de demonstrar força no dia 7 de setembro”, avalia a vereadora de Belo Horizonte Iza Lourença (Psol). 

Acirramento

Os protestos acontecem em meio ao acirramento das disputas políticas no país, após entrar em vigor a tarifa de 50% aos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos — determinada por Donald Trump, após uma campanha de Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, para os EUA intervir politicamente no Brasil. 

Cinco dias antes das manifestações, em 2 de setembro, está previsto o início do julgamento de Jair Bolsonaro no STF. 

Para José Luiz Quadros, professor de direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os protestos de 7 de setembro são uma oportunidade para que a esquerda volte a disputar nas ruas os rumos do país. 

“A extrema direita quer o poder pelo poder e querem exercer esse poder sem limites, com violência. Precisamos resgatar o país das garras deles”, avalia. 

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