Marinha do Brasil cancela Operação Formosa por restrições orçamentárias em meio à crise com os EUA

Brasília, 20 de agosto de 2025 – A Marinha do Brasil anunciou o cancelamento da Operação Formosa, tradicional exercício militar previsto para o início de setembro em Goiás. A decisão foi embasada por restrições orçamentárias e pelo atual tensionamento diplomático com os Estados Unidos, conforme apurou a CNN Brasil.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o Ministério da Defesa, por orientação do ministro José Múcio Monteiro, determinou que os comandantes priorizem não apenas a Operação Atlas — exercício conjunto entre Marinha, Exército e Força Aérea — mas também a alocação de recursos para a participação do País na COP‑30, que ocorrerá em novembro em Belém (PA).

A Operação Formosa, realizada desde 1988, é o maior exercício terrestre da Marinha no Planalto Central, envolvendo milhares de militares, viaturas e aeronaves.

Contexto da crise com os EUA

O cancelamento ocorre em meio à reação dos EUA, que suspenderam sua participação e sinalizaram afastamento da Operação Formosa — prática recorrente que, desde 2023, inclui fuzileiros navais americanos como observadores. A crise se intensificou após sanções e atritos bilaterais sob o governo Trump.

Fontes militares afirmam que os últimos dias foram de intensa mobilização logística. Até a véspera do cancelamento, havia transporte de cerca de 2 mil militares, mais de 100 viaturas e oito helicópteros para Formosa.

Apesar do revés, não há ruptura total com os EUA: outras iniciativas de treinamento conjunto, como a Operação Core 2025 e o exercício Tápio, seguem previstas, ainda sem intercorrências. A decisão por priorizar a Operação Atlas e a COP‑30 reflete uma estratégia de contenção de recursos, mas também de preservação da integração militar em meio a instabilidade política.■


 

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