Brasília — 20 de agosto de 2025 – O governo brasileiro e os militares estão monitorando de perto o deslocamento de três navios militares norte-americanos em direção à costa da Venezuela. A movimentação ocorre após uma ordem do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sob a justificativa de conter o tráfico de drogas vindo do território venezuelano. O envio das embarcações, que ainda se encontram no mar do Caribe em águas internacionais, elevou a tensão na região.
Embora os navios ainda não tenham chegado à costa venezuelana, a operação gerou alerta no Brasil. Autoridades civis e militares acompanham a situação com atenção, mas sem intenção de intervir ou se manifestar oficialmente por ora. A avaliação interna é de que o momento exige prudência e vigilância estratégica, evitando qualquer ação precipitada.
Fontes militares garantem que não há déficit de tropas na fronteira e que o efetivo atual — mantido em sigilo por questões de segurança — é considerado suficiente para manter a estabilidade na região. Mesmo assim, o Alto Comando do Exército ressalta que o Brasil possui capacidade de deslocar rapidamente reforços, incluindo tropas aerotransportadas e paraquedistas, caso o governo determine.
A resposta do governo Lula à escalada retórica de Trump e à mobilização de milicianos por parte de Nicolás Maduro tem sido marcada pela cautela. Apesar do distanciamento político de Lula em relação a Maduro, o Planalto demonstra preocupação com possíveis ações que ameacem a soberania regional. Há o entendimento de que uma eventual ofensiva americana colocaria o Brasil em posição delicada — entre manter a neutralidade e defender o princípio de não intervenção na América do Sul.
O Itamaraty e o Ministério da Defesa devem conduzir as próximas avaliações sobre medidas diplomáticas e eventuais reforços na fronteira. Enquanto isso, a ordem no alto comando militar é clara: vigilância contínua, sem alarmismo, mas com prontidão.■
FONTE: UOL
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