
O rio Zambezi, na África, é um local de beleza impressionante, mas também esconde perigos mortais. Em 1996, um guia de turismo chamado Paul Templer descobriu isso da maneira mais brutal possível. Ele estava liderando um grupo de turistas em um passeio de caiaque quando a tranquila paisagem se transformou em um cenário de pesadelo.
O grupo navegava calmamente quando um hipopótamo macho, um animal territorial que pode pesar mais de duas toneladas e medir mais de 4,5 metros, agiu de forma inesperada e extremamente agressiva. O animal atacou com violência, virando o caiaque de um estagiário de Paul, um jovem chamado Evans Namasango, que caiu na água.
Ao ver seu colega em perigo, Paul não pensou duas vezes. Ele se dirigiu rapidamente para o local para tentar resgatar Evans. Foi nesse momento que a atenção do hipopótamo se voltou completamente para ele. O animal colossal ignorou tudo ao redor e focou em Paul como sua nova ameaça.
De repente, a luz do dia desapareceu. Paul se viu envolto em uma escuridão úmida e quente. Ele percebeu que, da cintura para cima, estava dentro da boca do hipopótamo. Suas mãos tocavam as cerdas ásperas do focinho do animal. Ele sentia uma pressão enorme em suas costas. O hipopótamo, no entanto, não conseguiu engoli-lo por completo e o cuspiu de volta à água.
Apesar do susto e do impacto, Paul ainda tentou nadar em direção a Evans. Mas o hipopótamo não havia terminado. O animal investiu novamente, e desta vez Paul foi agarrado pelas pernas. Ele foi arrastado para baixo d’água, com a parte inferior de seu corpo presa nas mandíbulas poderosas.
A fúria do animal não diminuiu. Ele libertou Paul por um instante, apenas para atacar uma terceira vez. Esta foi a investida mais violenta. O hipopótamo abriu sua boca gigante e prendeu Paul pelo torso. Uma das presas perfurou seu corpo. Suas pernas ficaram para um lado da boca do animal, e sua cabeça e ombros para o outro.
Preso naquela situação horrível, Paul teve pensamentos sombrios. Ele se perguntou se morreria primeiro por afogamento ou por perda de sangue. A escuridão e a pressão eram avassaladoras. A sensação de estar sendo esmagado pelas mandíbulas de uma força inacreditável era a realidade única daquele momento.
Milagrosamente, a salvação chegou. Outro guia do grupo, percebendo a gravidade da situação, agiu com coragem. Ele conseguiu distrair o hipopótamo e forçá-lo a abrir a mandíbula, libertando Paul. Ele foi puxado para um dos barcos, mas suas feridas eram catastróficas. Seu braço esquerdo estava terrivelmente dilacerado.
O resgate foi uma combinação de sorte extrema e preparo. Por um acaso incrível, uma equipe de resgate aéreo médico, que incluía um cirurgião especialista em trauma de choque militar, estava realizando um exercício de treinamento nas proximidades. Eles foram acionados e chegaram rapidamente.
A equipe médica conseguiu estabilizar Paul para o voo até o hospital. Outro milagre havia ocorrido: uma artéria principal em seu braço ferido havia se fechado sozinha, um fenômeno natural que impediu que ele sangrasse até a morte antes da ajuda chegar.
Os médicos lutaram para salvar seus membros. As lesões eram gravíssimas. Eles conseguiram salvar seu braço direito e sua perna, mas o braço esquerdo estava irremediavelmente destruído e precisou ser amputado.
Apesar da sobrevivência improvável de Paul, a tragédia marcou aquele dia. Seu estagiário, Evans Namasango, não resistiu ao ataque. Ele se afogou durante o confronto com o hipopótamo, tornando-se a vítima fatal do incidente. A aventura no rio Zambezi terminou com uma perda profunda e um sobrevivente marcado para sempre.
Esse Homem explica como conseguiu escapar milagrosamente após ser mantido preso na garganta de um hipopótamo selvagem foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.