Milei se pronuncia após ser atacado com pedras na Argentina

Milei se pronuncia após ser atacado com pedras na Argentina

O presidente da Argentina, Javier Milei, viveu um momento de tensão em Lomas de Zamora, na região metropolitana de Buenos Aires. Durante uma carreata organizada pelo partido governista La Libertad Avanza, pedras e garrafas foram arremessadas contra o veículo em que ele estava, o que levou à interrupção imediata do ato.

Nas redes sociais, Milei responsabilizou militantes kirchneristas e afirmou que a oposição recorre à violência por não ter propostas. Em sua publicação, ele apareceu ao lado da irmã e secretária-geral da Presidência, Karina Milei, e do deputado José Luis Espert, candidato nas eleições legislativas de outubro.

Imagens divulgadas mostraram o presidente acenando para apoiadores da caçamba de uma picape antes da confusão. Espert chegou a deixar o local em uma motocicleta, sem capacete. Segundo relatos, uma fotógrafa foi atingida por uma pedra e a segurança presidencial decidiu encerrar o evento.

Milei se pronuncia após ser atacado com pedras na Argentina

Reações do governo

Após o episódio, membros do governo ampliaram as críticas ao kirchnerismo. O ministro da Defesa, Luis Petri, classificou a situação como um retrato de “violência e atraso”. Já o secretário de Cultura, Leonardo Cifelli, chamou os agressores de “desequilibrados”. Sebastián Pareja, dirigente do La Libertad Avanza, disse que os ataques não irão deter Milei nem sua equipe.

O próprio partido publicou uma nota acusando a oposição de não ter argumentos e de recorrer à violência por saber que “o sistema que construiu chegou ao fim”. A retórica reforça a tentativa do governo de transformar o episódio em um símbolo de disputa política às vésperas das eleições.

Crise política e queda de popularidade

https://twitter.com/luispetri/status/1960781207547076670

O ataque à comitiva ocorre em um cenário delicado para a Casa Rosada. A dois meses das eleições legislativas, a gestão Milei enfrenta denúncias e perda de apoio popular. Pesquisas recentes apontam que a aprovação do presidente, que no início do mandato ultrapassava 50%, recuou para 41%.

Entre os fatores que desgastaram a imagem do governo estão escândalos envolvendo aliados próximos. Um dos mais graves surgiu com áudios atribuídos a Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência e amigo de Milei. Nas gravações, ele acusa Karina Milei de receber propina em contratos de medicamentos e afirma que o presidente tinha conhecimento do esquema.

Além disso, a polêmica criptomoeda $Libra, promovida por Milei antes de gerar prejuízos a milhares de compradores, e denúncias sobre a entrada de empresários com bagagens não fiscalizadas pela Alfândega contribuíram para aumentar as críticas.

O clima de instabilidade política se intensifica com a proximidade da eleição legislativa de 26 de outubro, considerada decisiva para avaliar o alcance da política de austeridade do governo. Outro ponto de tensão será a disputa pelo governo da província de Buenos Aires, marcada para setembro, que deve funcionar como um termômetro para medir a força eleitoral de Milei e sua base.

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