Tabagismo e uso de vapes ampliam diagnósticos de câncer de pulmão em jovens


Cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão têm como causa o tabagismo. Esse tipo é o mais letal – principal causa de morte por câncer no mundo – mas ao mesmo tempo, com comportamento de risco evitável. Como a doença é reflexo do comportamento do indivíduo, o uso de cigarros eletrônicos por pessoas cada vez mais jovens tem preocupado os médicos.
“Além de ser um hábito comum até entre adolescentes, os cigarros eletrônicos têm cargas de nicotina três vezes maiores do que o convencional, mantendo além da dependência química, toxicidade associada a outras substâncias. Sendo assim, as mutações genéticas das células pulmonares ocorrem de forma mais rápida e mais desordenada do que os cigarros comuns que já são prejudiciais”, explica a médica oncologista, Najla Navarros (CRM 11156/MT | RQE 8127).
Dra. Najla Navarros, médica oncologista.
Assessoria
Mesmo proibido no Brasil, o comércio de cigarros eletrônicos é grande e preocupante. Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE, aponta que jovens entre 15 e 24 anos representam 70% dos consumidores de vapes no país, que conta com cerca de 3 milhões de usuários de cigarro eletrônico.
Estudos indicam que um vape com 1.000 “puffs” ou tragadas equivale a três maços de cigarro comum. “Muitos acreditam que esses meios eletrônicos sejam mais seguros, mas na verdade eles expõem o pulmão a substâncias tóxicas que podem causar inflamações crônicas e lesões neoplásicas”, explica a profissional.
Outros fatores como a exposição à poluição, radônio presente em vapes, amianto e histórico familiar aumentam o risco de câncer de pulmão. E os fumantes passivos – quem não fuma, mas convive com a fumaça dos cigarros – também estão propensos a desenvolverem a doença. Um ponto de atenção é que a maioria dos tumores não gera grandes sintomas em estágios iniciais. São silenciosos. De acordo com a médica, quem nunca fumou ativamente precisa ficar alerta caso tenha tosse persistente e falta de ar.
Já os fumantes ativos precisam fazer acompanhamento rotineiramente. Nesse caso, a indicação é de tomografia de baixa dose está indicada para paciente com alta taxa tabágica, ou seja, quanto maior o período de exposição maior o risco de câncer de pulmão.
Tratamento – A boa notícia é que as novas tecnologias disponibilizem diagnósticos mais precoces e tratamentos precisos e individualizados que melhoram a qualidade de vida do paciente oncológico. “Hoje temos imunoterapia e terapia-alvo que vão identificar a característica do tumor, reconhecer e destruir as células cancerígenas. Com isso, a expectativa de sobrevida média de um paciente com pulmão metastático passou a ser, em alguns casos, superior a cinco anos”, explica Navarros, que ainda reforça sobre a opção de cirurgias robóticas, menos invasivas do que o método convencional.
Integrante do corpo clínico da Oncomed, Navarros também reforça sobre a importância de o paciente ter a sua disposição uma equipe Interdisciplinar, como oncologistas, pneumologistas, fisioterapeutas respiratórios, entre outros. “É primordial o acompanhamento e discussão conjunta de profissionais de diversas áreas em toda a jornada, desde o diagnóstico até o tratamento.”
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