Região onde diarista foi morta tem relatos sobre homem nu, diz filho

Fábio Teixeira, filho da diarista Iraci de Souza Teixeira, encontrada morta em Vila Velha.
Fábio Teixeira, filho da diarista Iraci de Souza Teixeira, encontrada morta em Vila Velha. Foto: Thiago Soares/Folha Vitória e TV Vitória

O filho da diarista Iraci de Souza Teixeira, conhecida como Graça, 66 anos, encontrada morta nesta quinta-feira (1º), Fábio Teixeira, denunciou a existência de um homem que ficaria nu, fazendo gestos obscenos e chamando as mulheres que caminham pela região onde o corpo da vítima foi encontrado.

Graça foi enterrada em uma cova rasa em um matagal no bairro Vale Encantado, em Vila Velha. A mulher estava desaparecida desde o último sábado (26), quando saiu para caminhar.

Durante os cinco dias de busca, Fábio conta que ouviu diversos relatos de mulheres que fazem caminhada às margens da Rodovia Leste-Oeste:

Elas informaram que dentro do mato está ficando um senhor de cabelo liso, (penteado) de lado, e ele coloca a bicicleta e fica pelado com atos obscenos, chamando elas. Uma já foi abordada, é até uma amiga do condomínio onde minha mãe morava, relatou.

Em entrevista concedida à TV Vitória, o filho de Graça disse que “não foi uma pessoa só” que relatou a existência deste homem. “Foi essa a informação que passaram para nós. E não foi uma pessoa só, foram várias pessoas”.

Fábio disse que já repassou a informação à Polícia Militar do Espírito Santo (PMES).

Filho de diarista reconheceu o corpo

Fábio, que está desolado e “com o coração apertado”, também contou que ele e outros familiares estiveram entre os primeiros a chegar ao local do crime. 

“Reconheci, falei: ‘É minha mãe que está aí’. Mas a gente só pôde ter a certeza da mão e os pés amarrados depois da chegada da Polícia Científica”.

A vítima foi encontrada com os pés e mãos amarrados com uma camisa branca, em posição que impedia qualquer chance de defesa, conforme o investigador Walter Santanna. Além disso, apesar do avançado estado de decomposição do corpo, foi possível identificar uma pancada na cabeça.

As buscas contaram com a ajuda de cerca de 20 familiares e amigos, além de voluntários da Romaria dos Cavaleiros, que estavam a caminho para auxiliar. O corpo foi encontrado por um grupo de voluntários da igreja.

Caso será investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Mulher

A partir da localização do corpo, a investigação do caso passa a ser conduzida pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES).

A Delegacia Especializada de Pessoas Desaparecidas (DEPD) esteve à frente das investigações “desde o registro do desaparecimento da vítima, realizando diligência de campo, análise de imagens, levantamento de informações por meio de trabalho de inteligência e buscas em locais indicados pelas investigações”.

Com a localização do corpo, o caso deixa de ser tratado como desaparecimento e passa a ser investigado como um possível homicídio ou outro crime que tenha resultado na morte da vítima“, informou a Polícia Civil.

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