Morte de empresário: intermediário diz que foi de carro até a Paraíba buscar pistoleiro

Foto: Montagem/ Folha Vitória

Eferson Ferreira Alves, apontado como intermediador da morte do empresário Wallace Borges Lovato, em Vila Velha, foi de carro até a Paraíba para buscar o pistoleiro Arthur Neves de Barros. O crime foi registrado no dia 9 de junho, na Avenida Champagnat, na Praia da Costa.

Segundo informações da repórter Suellen Araújo, da TV Vitória/Record, durante todo o depoimento à Polícia Civil, Eferson negou saber que estava participando de uma trama de execução.

O intermediador afirmou que recebeu uma ligação com uma proposta de um amigo que estava na Grande Vitória. O amigo teria afirmado que Eferson deveria voltar para os dois montarem uma empresa juntos no Espírito Santo.

Durante o encontro, o intermediador descobriu que o amigo desejava que ele alugasse um veículo e o trouxesse para o Espírito Santo. Após a ocasião, Eferson recebeu cerca de R$ 5 mil e os dois foram rumo à Paraíba, onde encontraram Arthur Neves de Barros.

Veja vídeo que mostra como foi o crime:

Depois, eles voltaram ao Espírito Santo e ao chegarem na capital capixaba, Eferson teria recebido cerca de R$ 3 mil, que foram depositados em uma conta, totalizando R$ 8 mil.

Morte de empresário: três suspeitos estão presos

Já estão presos três suspeitos do crime: Arthur Laudevino Candeas Luppi, Arthur Neves de Barros e Eferson Ferreira Alves.

Eferson, que é apontado como intermediador da execução, se entregou à polícia na segunda-feira (23). Ele teria contratado Arthur Neves de Barros, que é da Paraíba e seria o homem que atirou no empresário.

Além disso, a investigação aponta que foi esse intermediador um dos responsáveis por conseguir um dos carros utilizados na fuga dos bandidos após o crime.

Arthur Neves foi preso no dia 19 de junho, na Paraíba. Segundo apuração, ele veio para o Espírito Santo três dias antes do crime e foi embora logo após a execução.

Arthur Laudevino Candeas Luppi, que tem 22 anos e é capixaba, foi preso no dia 17 de junho, em Minas Gerais. Ele confessou que atuou como motorista na hora do assassinato, mas alegou que não sabia que estava na direção do carro para a prática de um homicídio.

Crime tem mandante, diz polícia

Quatro dias após a execução, o próprio secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Leonardo Damasceno, afirmou que o assassinato tem um mandante.

“Foi uma execução, foi um crime planejado, organizado, temos um mandante com toda a certeza”, declarou na ocasião, no dia 13 de junho.

A Polícia Civil do Espírito Santo não deu detalhes das prisões já realizadas, nem mesmo informou sobre motivação do crime ou mandantes. O caso segue em investigação.

Relembre a morte do empresário

Wallace Borges Lovato foi assassinado na tarde do dia 9 de junho, na Avenida Champagnat, na Praia da Costa, com um tiro na nuca.

O crime aconteceu em frente à empresa da vítima, a Globalsys, especializada em Tecnologia da Informação (TI). O carro da vítima, uma BMW, estava estacionado na mesma avenida.

O atirador estava no banco de trás de um carro, que se aproximou do empresário e disparou. O carro utilizado pelo atirador foi encontrado a 1,8 quilômetro do local do crime, na alça de acesso à Terceira Ponte, em Vila Velha, na tarde do dia 10. O veículo era roubado e estava com placas adulteradas.

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